Direto de Brasília, DF
Como disse no artigo anterior, país algum necessita de 35 partidos políticos.
Os partidos são criações oportunistas de políticos que necessitam que o povo acredite que são necessários, porque com isto ganham ainda mais enquanto o povo perde ainda mais.
Se você duvida do que digo, então te apresento algumas “gramas” desses “quilos mortais”, dessa obesidade mórbida que vive a política brasileira com seus inúmeros partidos políticos. Conheça sete benefícios dados aos partidos políticos:
1 – os partidos políticos recebem milhões depositados no Fundo Partidário(dinheiro que sai dos tributos que o povo paga) para financiar e refinanciar campanhas de seus filiados;
2 – os partidos políticos servem como abrigo para “bancadas” e também como desafogo para quando um político quiser mudar de sigla por qualquer descontentamento com seus pares;
3 – os partidos políticos trabalham uns pelos outros mesmo quando parecem antagônicos ou rivais. Afinal, em época de posse de novo governo cada um quer uma fatiazinha de cargos dentro de órgãos e entidades da Administração Pública para fortalecer sua parcela de poder;
4 – os partidos políticos fatiam o poder barganhando cargos em gabinetes de parlamentares, contratando assessores por preço XZ, pagando somente X ao assessor e embolsando o restante, como constantemente a grande mídia noticia;
5 – os partidos políticos servem como captadores das mensalidades que seus membros e filiados têm de pagar, tudo para financiar seus inúteis projetos de governo. Afinal, nenhum deles contribuiu de forma sustentável para o progresso do Brasil, nos últimos 523 de sua existência;
6 – partidos políticos servem como um corpo que protege cada parlamentar a ele filiado(corporativismo), pois quando investigados criminalmente ou por atos de corrupção, os partidos são o ponto de apoio e proteção contra a ação da justiça e contra a cassação, exceto quando se unem para tornar um ilegível e outro inelegível, segundo a conveniência de perpetuação de algum membro seu no poder;
7 – partidos políticos, na grande estratégia de dominação e poder, funcionam como órgão doutrinador do povo incauto. Não importa se de direita, centro ou de esquerda.
Um dos maiores cientistas políticos que o mundo conhece, Carl Schmitt, criou a escola de pensamento político chamada Teologia Política, para ajudar pessoas a compreenderem que a política foi buscar na Religião estratégias de dominação.
Schmitt explicar como a política formal e partidária se tornou uma espécie de “extensão religiosa”, com personagens, funções, atividades, dogmas e crenças que seduzem pessoas para serem mais que filiadas, elas devem ser seguidoras e simpatizantes da ideologia político-partidária; elas se tornam “fiéis”, algumas até radicais que seguem os ditames partidários como se mandamentos fossem, e isto lhes é inculcado por meio de doutrinação direta, indireta e subliminar.
Os partidos políticos têm a finalidade de ser o “templo” no qual “missionários” congregam e de lá são levados a:
1 – espalharem o “evangelho” partidário, ou seja, não importa quão estúpidos sejam os credos e dogmas, devem ser espalhados como se fossem as “boas novas” do “grande líder” que no imaginário dos “fieis” (filiados, seguidores e simpatizantes) deve passar a ser visto como uma espécie de divindade inquestionável. Se matar, matou em nome do “evangelho”, se roubar roubou em nome do “evangelho”, se for um corrupto sem limites, tal corrupção é feita em nome do “evangelho” ideológico do “paraíso” prometido aos “fieis”;
2 – doutrinarem seus “fieis”(filiados, seguidores e simpatizantes) para crerem que obedecendo ao seu “deus”, o líder que decidem “cultuar”, estão seguindo ao “evangelho da salvação” e construindo alguma espécie de paraíso na terra;
3 – partidos políticos têm a finalidade de “lavar” a imagem, por mais suja que seja, tanto quanto de renovar sempre a imagem do “grande líder”, de modo a doutrinar seus “fieis” para crerem que ele é a fonte do Bem que todos desejam;
4 – partidos políticos têm a finalidade de doutrinarem subliminarmente até que seus “fieis” passem a crer que seus ditames são “mandamentos” que merecem ser obedecidos, mesmo que isto implique na “guerra santa” contra quem pensa diferente. Para o externo pregam democracia, no interno incentivam a guerra ideológica hobbesiana de “todos contra todos”, que não façam parte do ciclo;
5 – partidos políticos têm a finalidade de doutrinação dos “dogmas e credos” partidários de modo a arrebanhar novos eleitores que devem se multiplicar como células que servem para arrebanhar e doutrinar novos eleitores em ciclo randômico, interminável;
6 – partidos políticos têm a finalidade de preparar um novo ciclo de doutrinação a cada nova eleição, a fim de manterem vivos seus ideais em uma nova geração de “fieis”.
São inúmeras as malandragens, inúmeras as falácias bem arquitetadas para que o povo siga a seus partidos e políticos como manada. Será que Carl Schmitt tenta nos fazer entender que não refletir sobre tais verdades é se rebaixar à condição de espécie humana que, tem olhos, mas não vê, ouvidos, mas não ouve, cérebro de enfeite?
Certo é que se teu político pudesse te dava merda a comer, se fosse essa a regra para ele enriquecer.
Continua no próximo domingo. Não perca!
Se deseja entender como a política e políticos são fábricas de FALÁCIAS, enganos e fraudes, leia o livro abaixo, disponível em www.paralelo43.com.br e www.livrariaatlantico.com.br