Por : Claudia Montes
JACKIE QUEIROZ tem formação e especialização em coach para mulheres empreendedoras, realiza palestra e consultoria de
marketing digital voltado para negócios no instagram
O que levou você a está envolvida na área do empreendedorismo?*
Necessidade de estar mais próxima da família e cuidar da minha filha. Poder trabalhar com algo que fizesse sentido para mim, com um propósito maior e ter liberdade e autonomia.
-O que constitui de fato o desejo de aprimorar seu segmento?*
O meu desejo é que cada dia mais mulheres possam se conscientizar sobre a importância e o poder do seu papel na construção de uma sociedade mais justa, pacífica e igualitária. Contribuo com o meu trabalho, meu tempo e energia para que esse objetivo seja alcançado o mais rápido possível.
De mulher pra mulher quem é Jackeline?
Uma ser humano consciente do meu poder e papel enquanto mulher, cidadã, profissional e mãe. Uma mulher que deseja vivenciar um mundo mais receptível e justo para as Mulheres. Uma mulher que deseja ver as mulheres ocupando todas as áreas existentes e inexistentes para que o mundo exista e funcione também através dos nosaos olhares e intervenções.
Como voce se ver nesse cenario femi ino e qual sua opiniao a respeito?
Me vejo contribuindo com uma mentalidade de empoderamento e conscientização junto com as mulheres no sentido de nos enxergarmos como parte imprescindível na construção de uma nova realidade para as mulheres. Me vejo participando de movimentos e articulações de e para mulheres de todo o mundo, onde o objetivo de tudo isso é contribuir com o respeito, a valorização e o reconhecimento do nosso papel na sociedade.
A chegada da Lei Mulher Evidencia no Estado?
A Lei Mulher Evidência é uma lei ultra necessária em Pernambuco e em todo o mundo. O número de mulheres que impactam positivamente grandes comunidades é imenso. Contudo, nem sempre elas são reconhecidas e ou valorizadas por isso. Ao contrário, muitas vezes, a honra do seu trabalho é direcionada para um homem. Não podemos permitir que as mulheres permaneçam na sombra quando nascemos para brilhar. Chega de anonimato. Vamos evidenciar!!
A violencia e a sororidade ?
A violência é uma realidade decorrente da nossa cultura machista. Onde homens e mulheres reproduzem uma mentalidade e comportamentos machistas perpetuando assim a mensagem de que mulheres não podem e não são capazes e que os homens são superiores e proprietários das mulheres.
Urge nos posicionarmos contra essa estrutura patriarcal e DESCONSTRUIR essa mentalidade centenária.
Lugar de mulher é onde ELA quiser. Somos “gente”, temos cérebro e portanto, autonomia para decidirmos o que queremos, como queremos, por que queremos e quando queremos qualquer coisa para as nossas vidas. Nós, mulheres, precisamos ocupar os espaços que sempre foram nossos e intervir ao nosso redor em decisões que impactam o coletivo. Precisamos sair da arquibancada, pisar no campo e entrar no jogo. Precisamos ser mais participativas e atuantes.
A sororidade só é possível quando as mulheres compreendem a urgência, o poder e o impacto da nossa união em prol das demais mulheres.
Homens, mulheres e o Estado o que faltam?
Homens, privilégios na sociedade e sofrimento e causador de sofrimento decorrentes do machismo. Mulheres, excluídas de diversas formas na sociedade e vítimas do machismo.
E o Estado predominantemente masculino, ainda muito aquém em atender as demandas femininas e muito aquém em transformar essa realidade.
Precisamos de mais incentivo para mulheres atuarem na política e com isso atenderem as demandas femininas e transformarem a realidade de milhares de mulheres.
Jackeline reforça em um apelo para que as Mulheres procurem observar e analisar a situação de mulheres abaixo dela.
No sentido de analisar as dificuldades que temos para prosperar pessoal e profissionalmente. Visto que, a maior carga na maternidade AINDA recai sobre nós, o que nos prejudica profissionalmente. Analisar que ainda perdemos a vaga de emprego para um homem porque temos que cuidar da criança, mas o homem AINDA é “liberado” dessa tarefa e ocupa um cargo que poderia ser nosso.
Analisar como sofremos injustiças quando em um dos período mais críticos das nossas vidas, na volta da licença maternidade, somos demitidas. Analisar que quando nos tornamos mães, perdemos milhares de oportunidades profissionais e com isso a oportunidade de proporcionarmos uma vida digna para nós e nossos filhos, simplesmente porque não temos rede de apoio na criação dos nossos filhos, como creches, ppr exemplo. Portanto, tabtos anos de dedicação exclusiva aos filhos, tantas perdas profissionais para terminarmos nos submetendo a subempregos, enquanto a carreira dos homens decolam. Percebam que não é justo arcarmos com toda a responsabilidade dos filhos sozinhas. Quando ocorre do marido se separar, muitos abandonam os filhos e nen sequer pensão pagam.
Uma jovem mulher que lança a pergunta aos internautas e leitores.
De que as mulheres vão viver? Isso é VULNERABILIDADE.
Isso é ser mulher na nossa sociedade. POR ENQUANTO.
E a reflexão se manifesta.
*Coluna Mulher Evidencia em Foco*