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A História da Educação. Sexta lei do ensino: O Processo de Aprendizagem

Direto de Brasília-DF.

É indiscutível que o Processo de Aprendizagem é uma variante do Processo de Ensino. Todavia, a aprendizagem está mais ligada ao aprendiz do que ao mestre.

Porque digo o que digo?!? Porque o Professor, até certo ponto, é dispensável no processo de aprendizagem!!!

Observem que nosso aprendizado primeiro ocorre em casa com os pais, nas ruas, nos clubes, nas igrejas. Aliás, quando o aluno chega na escola ele já vem com um currículo oculto, diferente e independente daquele que a escola propõe.

O papel da escola desde as primeiras escolas egípcias (3000 anos a.C.) tem sido o de sistematizar, de organizar o conhecimento que o Estado deseja seja transmitido ao aluno.

Modernamente esse papel se vincula sobretudo para fins de justificação mercadológica, razão porque o Estado disciplinou o que deve ser ensinado e o que deve ser aprendido, para que ele forneça a correspondente titulação, expressa por meio de certificados e diplomas, com fé e reconhecimento público.

No Processo de Aprendizagem podemos dizer que a mente é o grande processador do conhecimento. Eis porque o Professor deve estimular o aluno a processar em sua mente, por conta própria, as Lições que hão de resolver os problemas das diversas fases de sua vida.

Por exemplo, para uma pessoa que deseja ser guia turístico é fundamental que processe as informações curriculares sobre sua região, seu país ou sobre o mundo. Do contrário, como transmitirá informações que não possui?!?

A distinção entre a verdade ensinada e a verdade compreendida não está na cabeça do Professor. Estará ou não na cabeça do aluno, se este se propuser a investigar o objeto do conhecimento.

É no aluno que reside a aprendizagem. Erram, portanto, os pais que reclamam dos professores quando seus filhos não aprendem a Lição.

Poucas vezes os alunos não aprendem por culpa do professor. O comum é que não aprendem quando não exercitam os conceitos e os reprocessam em seus cérebros. Quem recebe um ensino e não o exercita, não o recapitula por conta própria recebeu uma informação fadada a cair no esquecimento. 

Eis porque o Processo de Aprendizagem é uma lei do ensino. O ensino já obteve do Professor o esforço, o preço devido. O Processo de Aprendizagem, a sua vez, requer esforço por parte do aluno. Há aí, um certo equilíbrio de forças e estou certo que esta é uma das razões porque o  um deve mandar e o outro deve obedecer. O Professor detém as rédeas da informação em suas mãos porque pagou o preço justo, exigido pela vida.

Ao Aluno resta  interessar ou não por receber o conhecimento, refletir sobre ele, reprocessa-lo, recapitulá-lo diariamente e descobrir como aplicá-lo na resolução de problemas cotidianos. Ou você acha que o conhecimento se torna eficaz apenas ouvindo o professor em sala, sobretudo, quando quase todos os alunos detestam a escola e amam a rua?

John Milton Gregory elenca cinco fases no Processo de Aprendizagem:

1 – Quando o aluno decora a Lição.

2 – Quando o aluno consegue entender o pensamento expresso na Lição.

3 – Quando o aluno consegue traduzir o pensamento expresso na Lição, mas usando suas próprias palavras.

4 – Quando o aluno começa a buscar por si próprio as provas das afirmações constantes na Lição.

5 – Quando o aluno consegue fazer conexão entre o que aprende com a complicada máquina operadora da natureza e da vida.

Será que o que ensina Gregory vale somente para todos nós? Não somos, porventura, todos alunos da vida? Fato é que querer colher resultados diferentes repetindo sempre a mesma coisa me parece ingenuidade e, a vida, não perdoa nem ingênuos nem negligentes!

Até breve 🙂

Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

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