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A História da Educação. Quinta lei do ensino: O Processo de Ensino.

Direto de Brasília-DF.

Um processo é um conjunto de procedimentos. O Ensino passa pelo professor, pelo aluno, pela linguagem e pela Lição. O Processo de Ensino, portanto, requer o entendimento e o funcionamento harmônico das quatro leis anteriores.

O Processo de Ensino exige que o Professor faça seu melhor para ser compreendido pelo aluno, ou seja, que use linguagem apropriada e que comunique a Lição como um meio de solucionar os problemas presentes e futuros de seus alunos, levando-os a compreender que suas mentes não são gavetas para as quais o Professor vai transmitir e eles vão armazenar o mesmo conhecimento.

O conhecimento adquirido com a experiência do professor deve ser reprocessado e reinventado pela mente do aluno. Este deve ser sempre estimulado a superar seu mestre, repensando, reinventando o conceito e as definições, resolvendo os novos problemas que surgirão. É assim que prosperam as pessoas e as Nações, quando extraem do conhecimento fórmulas novas para solucionar velhos e novos problemas.

Despertrar o espírito da dúvida no aluno deve ser a missão de todo professor! Melhor é que cada aluno se transforme num autodidata, pois no aprender sozinho está o segredo de jamais deixar de aprender. Desde o século XVIII o mundo se tornou preconceituoso com os autodidatas, contrariando a fórmula aristotélica de que “o ser se expressa por múltiplas formas”, mas o fato é que todos nós aprendemos mais sozinhos que com qualquer professor e que em qualquer escola.

A escola da vida funciona 24 horas e 365 dias, ou mais, por ano. John Milton Gregory diz que “o verdadeiro ensino, portanto, não é aquele que dá conhecimento e sim aquele que estimula os alunos a ganhá-lo”. Terá razão?

O Processo de Ensino talvez passe pelas operações que a mente realiza cotidianamente através da absorção do conhecimento pelos sentidos. Os olhos que veem, os ouvidos que ouvem, a mente que a tudo processa, compara e julga, o paladar que diferencia, o tato que assimila o plano, o liso, o enrugado, o relevo…

Sócrates, o grande mestre de Platão e Aristóteles, diz que no Processo de Ensino, o papel do Professor é o de “assistir à mente no trabalho de conceber seus conceitos próprios”.

Certo é que não se aprende a andar olhando, mas andando! Da mesma forma não se aprende a pensar olhado alguém pensar, mas pensando!

Cabe ao Professor estimular e ao aluno querer pensar e processar em sua mente o conhecimento de modo a extrair dele as soluções para seus problemas e para os problemas do mundo. Talvez por isto João Amós Comenius, um clérigo morávio que viveu entre 1592-1671 e cujos esforços resultaram em avanços para a história da educação tenha dito que “muitos professores semeiam plantas em vez de sementes”.

Joguem as sementes, Professores! Estimulem os alunos a pensarem por si! Lembrem-se que quem nada sabe, nada pode pensar!

Crianças são despertadas por cores, objetos animados, animais vivos, enquanto adolescentes vão se concentrar mais em fatos, sentimentos e pensamentos. Preste atenção ao campo de interesse de seus alunos porque o Processo de Ensino, passa por entender as operações mentais de seus alunos. Talvez esta compreensão te leve à linguagem adequada e a preparar uma Lição que se vincule com a realidade.

Estamos habituados a ver os adultos como pais e mães das crianças e, biologicamente isto é correto. Todavia, as crianças são em alguma medida o pai dos adultos, pois quando essas crianças crescem levam consigo as realizações, os prazeres, os dissabores, os traumas e as Lições que apreendem. Neste aspecto, talvez seja acertado dizer que as crianças é que são os pais dos adultos.

Ao analisar o Processo do Ensino, Milton Gregory diz:

1 – Um objeto que não provoca pergunta não provoca pensamento:

2 – Perguntar não constitui meramente uma das peças do ensino, mas é, sim, o todo do ensino:

3 – A explanação que resolve tudo e põe fim a todas as questões costuma também por fim a todo pensamento:

4 – Deve-se dar tempo para o aluno pensar…E se o período da aula não o permite, que a resposta fique adiada para a aula seguinte.

5 – Alunos devem se tornar estudantes da vida…

O Professor deve recordar que o Processo do Ensino passa pelas 7 perguntas aristotélicas do saber: Que, como, quando, onde, por que, para que e quem. Ensinar o aluno a perguntar e duvidar sempre, é o procedimento que conduz às descobertas e que sedimenta o Processo de Ensino.

Até breve!

Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

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