Direto de São Paulo-SP.
Falamos sobre as Sete Leis do Ensino: O Professor, o aluno, a linguagem e a Lição, o Processo de Ensino, o Processo de Aprendizagem, a Recapitulação e, por fim, propusemos uma Oitava Lei do Ensino, qual seja, a “Preparação para a disruptura científica e tecnológica”.
Nestes artigos sigo o método indutivo, ou seja, aquele que vai das partes para o todo. Agora, leremos sobre o “educação, o ensino e o ser humano primitivo.”
Posto que venho separando o Ensino da Educação, assim pretendo seguir com a abordagem, vez que a Educação em meu entender contém o ensino.
A Educação é uma atividade mais complexa a envolver a família, o Estado, desde sua mais tenra forma de existência, e a Sociedade. O Ensino, a sua vez, é papel de Professores, mentores e preceptores, outrora ministrado na residência das famílias que os contratavam e, posteriormente, nas múltiplas formas de Escola que surgiram com o passar do tempo.
Quem não conhece a História está fadado a não compreender bem o presente e o futuro. O Ser humano não é um autômato, apesar de em inúmeras vezes fazer o que tem a fazer, sem meditar na origem do que faz, no método utilizado para fazer o que faz. É assim que terminamos todos por parecer com o boi que come na manjedoura de seu dono. Nos contentamos com a ração diária, sem sequer querer saber quem plantou, descascou, embalou e distribuiu o arroz que nos alimenta.
Com esta série de artigos sobre a História da Educação, a cada episódio convido para pensarmos em algo mais profundo que os prédios que abrigam escolas, que os salários que ganham os Professores, por mais que os consectários que envolvem o ensino sejam absolutamente importantes.
Enquanto, não evoluirmos para compreendermos que a Educação e o Ensino são pilares para o desenvolvimento social e econômico, individual e coletivo, todos seguiremos transferindo a culpa por nosso subdesenvolvimento em terceiros, inclusive nos alunos negligentes que povoam nossas escolas.
Ocorre que esses mesmos alunos ignorantes e negligentes serão os Professores, os presidentes da república, os ministros do Supremo Tribunal Federal, os deputados e senadores da república, a sociedade do amanha.
Se a criança em algum grau é o pai do adulto, pouco se pode esperar do Brasil de amanhã, porque a cada novo governo o que vemos é demagogia, falácia e ausência de disposição para fazer uma revolução ética e moral no país. É uma “criança ignorante” em postos de Poder.
Eis porque, hoje, escrevo apenas para dizer que vou seguir escrevendo sobre Educação e Ensino. Vou cumprir o que prometi e contar o que tem sido o Ensino e a Educação ao longo dos últimos 5 mil anos, com a humildade de quem sabe que sabe pouco, mas com a coragem de um Professor, que deseja repartir sem guardar cartas na manga.
O Professor vocacionado é dos raros profissionais que só é profissional porque precisa do dinheiro para prover o mínimo de dignidade social ao qual tem direito, porque do contrário seria um “missionário” ou, um eterno aprendiz feliz em compartilhar cada grão de seu novo aprendizado.
Para não cair na armadilha da falta de Recapitulação da Lição, eis abaixo transcrita, a promessa que fiz e vou cumprir:
“Nesta nova série, “A História da Educação”, às quartas e sábados, com o auxílio de mentes brilhantes como Dr. John Milton Gregory, Thomas Ransom Giles, Quentin Skinner, filósofos pré-classicos e clássicos gregos, e outros, abordaremos de forma resumida temas como:
1 – As sete leis do ensino.
2 – A educação e o Ser humano primitivo.
3 – Símbolos e Escrita dentro do processo educativo.
4 – A Educação Grega.
5 – A Educação Romana.
6 – A Educação Hebraica.
7 – Educação Cristã.
8 – Educação Feudal.
9 – O Islamismo e sua forma de Educar.
10 – O Renascimento e sua influência no processo educativo.
11 – A Educação na perspectiva do Humanismo Cristão.
12 – Idade Moderna e Educação.
13 – Iluminismo e Educação.
14 – A mudança de perspectiva do processo nas grandes Revoluções Ideológicas,
15 – A Eficiência e Eficácia dos processos educativos nacionais.
16 – A internacionalização do processo educativo como preparação para uma consciência de pertencimento universal.
17 – Processo de Educação no Brasil:
17.1 – Porque os governantes, em geral, não dão a mínima para Educação.
17.2 – Um dia, na vida de um Diretor de Escola Pública.
17.3 – Um dia, na vida de um Orientador de Escola Pública.
17.4 – Um dia, na vida de um Professor de Escola Pública.”
Concluímos o item 1, inclusive propondo uma nova Lei para o Ensino, a Oitava Lei, à qual intitulamos “Preparação para a disruptura cientícia e tecnológica”.
No próximo episódio começo a desenvolver o item 2 da lista.
Até breve!