#ÉPERNAMBUCOEMFOCO

Capítulo 21 – Parte 2: O dilema da lealdade dividida entre Nação e Estado. Episódio de hoje: Democracia, dos males o menor!

Direto de Brasília-DF.
 
Não há, até hoje, melhor parceiro da democracia que o capitalismo. Eles se completam em sua imperfeição! 
 
A democracia porque é o governo do povo e o capitalismo porque permite o povo governar a partir de seu gênio criador individual, sem a interferência absoluta do Estado. 
 
Fala-se tanto em democracia em cada esquina de nossa América Latina, sem que se conheça seus pilares e sistematização acadêmica, que julgo importante que leia com atenção as 20 regras que seguem. Eis os fundamentos da democracia:
 
1 – Que Instituição alguma seja tida por solução final, seja ela Poder da República, Autarquia, Sociedade de Economia Mista ou qualquer outra pública ou privada;
 
2 – Que teoria econômica alguma seja tomada como a fórmula final da democracia, pois toda e qualquer teoria deve ser tomada como um meio para atingimento do fim, que é o bem-estar individual e coletivo;
 
3 – Que a educação, na democracia, seja regida pelo princípio da universalidade, a fim de igualar ao máximo os desiguais;
 
4 – Que seja respeitada a diferença de opinião das pessoas;
 
5 – Que haja liberdade de discurso;
 
6 – Que haja liberdade de reunião;
 
7 – Que haja liberdade de imprensa;
 
8 – Que haja liberdade de religião;
 
9 – Que haja liberdade para as pessoas peticionarem aos Poderes Públicos;
 
10 – Que os cidadãos tenham direito à informação sobre os atos de governo e seus candidatos políticos, a fim de poderem exercer o controle sobre atos políticos e jurídicos;
 
11 – Que os governos democráticos se vejam como servos do povo, ou seja, como os garantidores dos direitos e liberdades dos cidadãos;
 
12 – Que o propósito das Instituições democráticas (Poder Executivo, Legislativo, Judiciário e todos os órgãos e entidades das Administrações Públicas democráticas do mundo) seja o de EQUIPAR o cidadão para o exercício de uma existência com o mínimo de dignidade social e econômica;
 
13 – Que haja igualdade entre todas as pessoas na medida do possível e que a CADA INDIVÍDUO seja dado o direito de ser UM FIM EM SI MESMO, podendo empreender em qualquer atividade econômica sem restrições estatais, salvo as que forem impostas para garantir o próprio funcionamento da democracia, como ocorrem com os atos de polícia administrativa que são impostos para limitar interesses individuais em razão dos interesses coletivos;
 
14 – Que haja respeito ao princípio de igual oportunidade. Um médico deve ter tanto direito a explorar um negócio quanto um cidadão sem instrução escolar e um e outro têm direito ao lucro decorrente de sua atividade comercial, industrial, telemática, etc.;
 
15 – Que os cidadãos tenham o DIREITO DE RESISTÊNCIA assegurado, contra governantes que interfiram em suas liberdades individuais e coletivas;
 
16 – Que os direitos à VIDA, LIBERDADE e a possuir PROPRIEDADE PRIVADA sejam considerados como pilares da democracia;
 
17 – Que cada pessoa seja respeitada em sua individualidade e que jamais o Estado interfira neste direito, para evitar que se coletivizem os costumes, as crenças e a capacidade de iniciativa humana. No comunismo nenhum desses valores são respeitados, por exemplo;
 
18 – Que as pessoas tenham direito à livre consciência sem serem dirigidas pelo Estado ou pela Religião;
 
19 – Que a Justiça seja distribuída aos cidadãos de forma IMPARCIAL, sem proteger a uns mais que a outros; e
 
20  – Que a soberania pertence ao Povo e que este tem o direito de se revoltar contra qualquer tipo de opressão advinda de suas classes políticas.
 
Será que a Democracia praticada no Brasil, na América Latina e no resto do mundo tem sido fiel aos seus ideais?
 
 
Leia a conclusão na próxima quarta-feira.

Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *