Cinco anos e meio após o assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, a investigação do caso deu um passo importante. Com base na delação premiada de Élcio Queiroz e novas provas, a Polícia Federal avançou nas buscas pelos mandantes e motivações do crime.
Queiroz confessou sua participação no assassinato e revelou detalhes sobre o ocorrido. Isso levou à prisão de Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos disparos, e de Maxwell Simões Corrêa, conhecido como Suel, suspeito de envolvimento no planejamento do crime.
A entrada da Polícia Federal na investigação foi resultado de uma decisão política do governo Lula e do então ministro da Justiça, Flávio Dino. No entanto, é importante frisar que o trabalho realizado pela PF é baseado em investigação policial e técnica.
É equivocado afirmar que a operação seja puramente política. Essa acusação foi feita por alguns nomes da Lava Jato, como Sergio Moro e Deltan Dallagnol, bem como por bolsonaristas que tentaram comparar o caso com outros crimes. Vale ressaltar que Jair Bolsonaro não se pronunciou sobre a operação.
Não há evidências que indiquem qualquer envolvimento da família Bolsonaro no assassinato de Marielle e Anderson. Embora a família tenha tido vínculos com milicianos no passado, não há ligação direta com esse crime específico.
A investigação segue em sigilo, assim como partes da delação de Queiroz e outras provas coletadas. Novas operações estão previstas, de acordo com o governador Flávio Dino. Os investigadores estão seguindo os fios que levam a grupos criminosos, como matadores de aluguel, milícias e políticos. Agora, há uma motivação política para impulsionar as investigações, mas resta saber até que ponto elas avançarão.
