Alta na procura por Educação acompanha o rendimento real médio das famílias, no primeiro trimestre de 2023
Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do IBGE, mostram que o rendimento real médio das famílias, no primeiro trimestre de 2023, superou o nível pré-pandemia registrado em março de 2020. Naquele momento o rendimento real médio das famílias foi de R$ 3.332,36 enquanto em março deste ano, esse mesmo rendimento foi de R$3.366,59. O economista e docente da Estácio, Eduardo Amendola destaca que no primeiro trimestre de 2023 a renda média do brasileiro com ajuste sazonal cresceu 17,84% se comparada com o último trimestre de 2022. Consolidando uma recuperação no rendimento médio iniciada no primeiro trimestre do ano passado.
Com um pouco mais de dinheiro no bolso dos trabalhadores, uma das tendencias que pode ser observada é a procura por Educação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve um aumento significativo nos gastos das famílias brasileiras com Educação.
“Em janeiro de 2023, a alta foi de 0,36%, mas em fevereiro esse número saltou para 6,41%, representando uma contribuição positiva de 0,36 ponto percentual para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) deste mês. Em Educação, a maior contribuição partiu dos cursos regulares, que aumentaram 7,64%, devido aos reajustes habitualmente praticados no início do ano letivo” afirma o economista.
Oportunidades de estudo
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Perspectivas econômicas
A pressão inflacionária persiste no país, como indicado pelos mais recentes dados do IBGE sobre o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “Em março, o índice registrou um novo aumento de 0,61%. No acumulado dos últimos 12 meses, houve um aumento de 5,36% no índice. Contudo, após a orientação de preço nos combustíveis as projeções do Boletim Focus apontam para uma inflação menor que a prevista para o final de 2023”, comenta o especialista.
Amendola reforça que além dos impactos da pandemia, é importante levar em conta que estamos enfrentando um longo período de inflação, com índices de dois dígitos, o que tem prejudicado o poder de compra dos consumidores. Embora tenhamos observado variações nos rendimentos do trabalho nos últimos meses de 2022, indicando uma recuperação.
O economista indica ainda que o consumidor precisa estar atento e escolher como gastar. Além das despesas obrigatórias como água, luz, aluguel e alimentação, é preciso fazer opções que tragam benefícios mais duradouros. “Investir em produtos e serviços que tragam melhor visibilidade para o negócio ou que reduzam os custos operacionais é sempre a melhor forma de gastar. Por exemplo, se um estabelecimento possui muita despesa com energia elétrica, valeria pensar na implementação de energia renovável. Por isso, investir na qualificação profissional será sempre uma forma de promover um retorno futuro”, finaliza.