Startup que criou plataforma completa para gestão de condomínios incentiva mulheres a entrarem nesse mercado em expansão; 51% das 421 mil pessoas que atuam como síndicas no país são mulheres
Historicamente afastadas das posições de liderança, as mulheres continuam lutando por igualdade de gênero e ocupando novos espaços a cada ano, especialmente no mercado de trabalho. No setor imobiliário, uma profissão que vem crescendo entre elas é a de síndica. Segundo a Associação Brasileira de Síndicos e Síndicos Profissionais, as mulheres representam 51% dos 421 mil síndicos do país, que administram condomínios para 68 milhões de pessoas. Neste Dia Internacional das Mulheres, a uCondo, plataforma completa para gestão de condomínios, conta as histórias de duas síndicas de sua rede que podem inspirar outras mulheres a descobrirem uma nova carreira.
Christina Lima, de Recife (PE), tinha um extenso currículo em consultoria e gestão de hotéis e restaurantes no Brasil e no exterior (Espanha, Suíça e EUA) quando decidiu se aventurar nos condomínios da capital pernambucana. Ela experimentou a área em 2019, quando resolveu ser síndica do próprio prédio para solucionar os problemas que estavam tendo com uma péssima gestão. Já em 2020, ela decidiu estudar para ser síndica profissional e hoje acumula a gestão de 13 condomínios, com um total de 1.008 apartamentos, e uma equipe de quatro pessoas a auxiliando.
Apesar da ampla experiência em hotéis, ela garante que é uma dinâmica bem diferente dos edifícios residenciais e explica o desafio: “Eu costumo dizer que o morador de condomínio é um hóspede que nunca vai embora. É muito mais fácil agradar uma pessoa que passa uma ou duas semanas no lugar, de férias, do que alguém que está sempre lá, porque nunca se finaliza as atividades e melhorias. Manter um condomínio funcionando bem é um trabalho constante”, comenta Christina.
Simone Sales, de Teresina (PI), nunca se esqueceu do convite que transformou sua carreira: ao conhecer seu trabalho informal como síndica, um empresário propôs um contrato formal de prestação de serviço em outro prédio. Foi quando Simone decidiu se qualificar como síndica profissional, deixando seu emprego de gerente em uma administradora de consórcios. De seis anos pra cá, ela abriu sua própria administradora, que, atualmente, atende 50 condomínios – 12 nos quais ela mesma é síndica – e tem 20 funcionários. Ao todo, sua empresa atende cerca de 1.500 apartamentos.
Graduada em Administração e Direito, ela destaca a natureza multidisciplinar da profissão de síndica e como a formação em áreas diversas são bem-vindas: “É preciso estar disposta a aprender coisas novas e ter um conhecimento muito diversificado. Como síndica, você trabalha ao mesmo tempo com logística, financeiro, jurídico e comunicação, por exemplo. Também é preciso muita inteligência emocional para lidar com conflitos”, aponta Simone, mencionando também as habilidades comportamentais necessárias ao cargo.
Ambas relatam situações de preconceito e machismo dentro da profissão e como lidam com isso. “Perdi a gestão de um condomínio porque acharam que eu não teria competência para acompanhar uma obra que estava sendo feita no prédio, e já enfrentei várias atitudes agressivas de homens”, conta Christina. “Também costumam achar que somos ‘meninas’ e não daremos conta do trabalho, principalmente o operacional. Mas eu mostro na prática que sou capaz”, afirma. Simone diz que “como síndica, você é líder do condomínio e precisa implementar regras, mas vários homens burlam as regras quando elas são colocadas por uma mulher. Não me acanho diante dessas atitudes, mas em casos agressivos, aciono o setor jurídico”.
As dicas delas para mulheres que queiram se tornar síndicas, talvez não coincidentemente visto os relatos acima, são muito parecidas: ser autoconfiante, se candidatar e se colocar no mercado, não se abater por críticas negativas que têm como único objetivo o ataque pessoal, se unir à comunidade de mulheres síndicas que só cresce no Brasil, acompanhá-las nas redes sociais, trocar conhecimento, ideias e fazer networking, não as enxergando como concorrentes e, sim, como colegas de profissão.
uCondo na gestão dos condomínios delas
Há três anos a empresa de Simone utiliza o app uCondo na gestão de todos os seus 50 condomínios. “Mudei pra uCondo porque é a única plataforma que atende às necessidades específicas do síndico, e não apenas da administradora. Toda a rede de pessoas envolvidas no condomínio, inclusive moradores, fica mais integrada”, comenta. Segundo ela, utilizar o app otimizou o tempo de trabalho e as funcionalidades mais acessadas são Abertura de Chamados e Documentos, porque dão mais autonomia para os moradores.
Christina sugere a uCondo para todas as administradoras que atende e quatro delas já aderiram. Para ela, o ponto alto do aplicativo é usá-lo como ferramenta de comunicação: “A comunicação com os funcionários dos prédios e os moradores melhorou demais. É muito importante mostrar o que estou fazendo pelo condomínio, os progressos do meu serviço, e no app fica tudo registrado com fotos do antes e do depois”, ressalta. O Controle de Encomendas e a Abertura de Chamados são as funcionalidades mais acessadas em seus condomínios.
Sobre a uCondo – Fundada em 2015 por Marcus Nobre (CEO), Leonardo Mack (COO), Juliano Corso (CTO) e Ivan Benkendorf (PM), em Curitiba (PR), a uCondo é uma plataforma online que otimiza a operação das administradoras de condomínios, o dia a dia do síndico e comodidade para moradores, se destaca no mercado por trazer uma solução inovadora para o setor e que cabe no bolso: um sistema e um aplicativo que oferecem uma jornada completa de comunicação e gestão financeira condominial. Conecta síndicos, administradoras, moradores, porteiros e bancos em um único lugar. Atualmente, a startup reúne mais de 3 mil condomínios e mais de 250 mil moradores. Foi acelerada pelo Oxigênio, LIGA, Porto Seguro, Plug & Play também, pelo programa Scale-Up Endeavor, e faz parte do Órbi Conecta, o principal hub de inovação e empreendedorismo digital de Minas Gerais.
Fotos de divulgação para imprensa: acesse aqui.