O executivo, indicado pela governadora Raquel Lyra, tem 20 anos de expertise no setor e trabalhou nos portos de Santos (SP), Itapoá (SC), Pecém (CE), entre outros
Com 20 anos de expertise no setor, Marcio Guiot é o novo diretor-presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, localizado no município de Ipojuca, no Grande Recife. A nomeação de Guiot – indicado pelo Governo de Pernambuco para comandar a estatal portuária – foi confirmada, na manhã desta quarta-feira (1/2), na segunda reunião ordinária do Conselho de Administração de Suape (Consad) em 2023, em cumprimento à norma regimental da empresa.
O executivo substitui o engenheiro Francisco Martins, que estava à frente do complexo desde novembro de 2022. O Consad é formado por 8 pessoas, tendo o arquiteto Marcos Baptista como presidente. A indicação de Guiot pelo governo estadual foi anunciada na segunda-feira (30) pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti.
“A escolha do executivo para presidir o Complexo de Suape, um dos mais importantes polos industriais e de logística do Brasil, está em sintonia com o compromisso da governadora Raquel Lyra de atrair nomes técnicos para funções estratégicas na gestão pública”, pontua.
O secretário revela que o time que vem montando tem como missão elevar Suape a um novo patamar de competitividade, sustentabilidade, efetividade e adequação a um modelo de governança orientado à atração de investimentos.
PERFIL
Com 47 anos e natural do Rio de Janeiro, Guiot tem larga experiência no setor portuário, um dos mais importantes para desenvolvimento econômico local, regional e nacional.
Ele acumula passagens em cargos de liderança por várias companhias do segmento, além de ter atuado como consultor em diversos projetos. Foi diretor da Brasil Terminal Portuário (Porto de Santos), Porto de Itapoá (Santa Catarina) e Libra Terminais Santos (também em Santos) e superintendente da Ceará Terminal Operator (CTO), no Complexo de Pecém (São Gonçalo do Amarante).
Formado em Ciências Náuticas pela Academia de Marinha Mercante do Rio de Janeiro, o novo diretor-presidente de Suape tem MBA pela Fundação Dom Cabral, especialização em ESG (sigla em inglês para governança ambiental, social e corporativa) pela Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo (USP) e cursos de desenvolvimento executivo no Brasil e no exterior.
PLANOS
Marcio Guiot destaca o estilo de gestão que vai conduzir à frente do porto-indústria, um dos mais movimentados e dinâmicos do Brasil. “Vamos trabalhar em sintonia com todas as partes envolvidas para que o complexo gere cada vez mais valor para os pernambucanos”, enfatiza, acrescentando que esse objetivo será alcançado por meio da valorização das pessoas, respeito ao meio ambiente, segurança jurídica e transparência para atrair mais negócios.
“A melhoria contínua dos nossos processos e o uso de tecnologia também proporcionarão mais eficiência nas operações, tornando o atracadouro mais competitivo no Brasil e no mundo”, enfatiza.
SOBRE SUAPE
Fundado há 44 anos, entre os municípios de Ipojuca e Cabo de Santos Agostinho, o Complexo Industrial Portuário de Suape é considerado a âncora e a locomotiva do desenvolvimento de Pernambuco e do Brasil, atraindo grandes empreendimentos em suas cadeias produtivas.
Situado a apenas 40 quilômetros do Recife, está instalado em uma área de 17,3 mil hectares (incluindo áreas adjacentes). Soma investimentos privados de 74,5 bilhões de reais, com mais de 220 empresas instaladas, gerando mais de 40 mil empregos. Exemplo em sustentabilidade, 59% do território ocupado pela estatal pernambucana compõem a Zona de Preservação Ecológica (ZEPC).
Em 2022, o atracadouro registrou movimentação de 24,7 milhões de toneladas, aumento de 12% em relação ao ano anterior (22 milhões de toneladas), mantendo a liderança nacional em transporte de granéis líquidos e navegação por cabotagem (entre os portos do país), e recorde de movimentação de contêineres no Norte/Nordeste.
Os granéis líquidos (derivados de petróleo) representam 72,1% do total de cargas transportadas, seguidos de carga conteinerizada (22,8%), granel sólido (2,7%) e carga geral solta (2,4%). Para este ano, a estimativa é de aumento de 8% em relação à movimentação do ano passado.
Foto: Andrea Rego Barros/SDEC