#CAFÉCOMBIROSCA

A Culpa é do Cabral

Um problema  que  tem sua origem em décadas passadas revisita na atualidade por questões midiáticas e de políticas pautadas em hipocrisia politica social.

Recentemente alguns veículos de comunicações, em especial àqueles que se expressam a favor do atual governo, apresentam a crise dos povos indígenas como um genocídio praticado recentemente.

Ora, se o termo aplicado é o genocídio pelos inúmeros fatores que levam essa comunidade indígena a um verdadeiro
genocídio, então os genocidas são aqueles que desde antes nada fizeram para minimizar os males que hoje se apresentam como calamidade dos povos “Yanomami”.

Diante de tantos interesses por trás de região amazônica, pode tornar-se muito caro que atual governo queira se esquivar da omissão dos problemas citados, afinal de contas já se passaram dois governos da gestão do Partido dos Trabalhadores, dois governos Lula, e dois de Dilma, sem que nada fosse feito para solucionar o caos que se apresenta na comunidade indígena, além de outros governos passados.

Vale ressaltar que durante a gestão petista se tentou implementar uma CPI sobre o caso. Além dos problemas de gestão governamental e ingerência sobre o caso, outros fatores contribuem para que essa situação tenha lamentável resultado.

O fator cultural e exploratório da região é um deles. Independentemente de governo ou sigla partidária. O objetivo desta matéria assim como todas outras publicadas neste Blog é narrar a verdadeira história, que possa ser relatada a situação em que vivem estes grupos indígenas.

Percebe-se que apontar a culpa a algum governo é também ser culpado pelos problemas existentes, considerando que o caso já teve acompanhando diversos governos no passado. O real problema desta região Indígena existe a mais de três décadas, não é uma situação de quatro anos ou da atualidade.

O território Indígena dos Yanomami ocupa aproximadamente mais de 150 mil quilômetros, são aproximadamente 9,5 milhões de hectares dentro da Amazônia, uma região com milhares de comunidades indígenas, com quatro grupos principais e alguns clãs familiares.

A presença ilegal que envolve a exploração dos recursos naturais na busca de ouro, cassiterita além de outros produtos existentes na área “Yanomami” também contribui com os graves conflitos e problemas ambientais, que contaminam o meio ambiente, tornando muitas áreas improprias a sobrevivência humana em virtude das diversas invulnerabilidades.

A crise propagada atualmente pelos meios de comunicações relacionadas aos Yanomami afeta de forma mais direta um dos grupos que vivem naquela região que são os “sanumá”. Já os os “yekwana”, que vivem na mesma região, muito embora parte sobrevivam na Venezuela e outros em território brasileiro, promoveram a 3ª Assembleia Geral do Povo Ye'kuana discutindo o futuro da Terra Indígena Yanomami

“O presidente da Hutukara Associação Yanomami (HAY) Davi Kopenawa recordou sua luta pela Homologação e proteção da Terra Indígena Yanomami.

Ele lembrou a invasão garimpeira que nos anos 80 trouxe diversos impactos ambientais, além de doenças e mortes para os Yanomami, que sofreram uma considerável baixa populacional à época da corrida do ouro.

Davi convocou também os Ye’kuana a se unirem aos Yanomami para reivindicar junto ao governo o respeito aos seus direitos territoriais: “Os garimpeiros estão invadindo novamente nossas terras e voltando a poluir nossos rios, trazendo doenças e causando mal ao nosso povo”. Nossos pajés sempre cuidaram da nossa terra, então vamos levantar ficar de pé e reclamar nossos direitos”.

“E todo dia é o dia do Índio, tenham mais respeito aos nossos ancestrais, assumam seus
erros, e narrem a verdade, não atribuam aos outros sua culpa também.”

Sobre o autor

A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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