A extinção das faixas salariais dos servidores da Polícia Militar de Pernambuco (PMPE) voltou ao centro do debate sobre a valorização dos profissionais da segurança pública no estado. Durante entrevista concedida pelo ex-prefeito do Jaboatão dos Guararapes e pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Anderson Ferreira, às rádios Cabo FM e Folha FM, na Região Metropolitana, o tema foi abordado pelo liberal como um dos pontos que contribuem para a desvalorização da categoria, e “demonstra a falta de articulação e capacidade do atual governo em lidar com a segurança pública como um pilar fundamental na manutenção de uma sociedade íntegra”.
Anderson lembrou que a criação das faixas salariais, instituída em 2017 pelo governador Paulo Câmara (PSB), resultou em profundas críticas junto à categoria por criar desigualdades entre militares que ocupam um mesmo posto, além de ir contra os princípios de paridade e integralidade. O tema voltou a ser debatido na Assembleia Legislativa (Alepe) em 2021, mas, sob orientação do governador, a análise sobre a constitucionalidade do dispositivo acabou atropelada pelo rolo compressor da base aliada sob argumentos de que seria discutida em outras ocasiões, o que não ocorreu até o momento.
“É um absurdo que temas sensíveis como o da segurança pública e a este relacionados sigam sendo ignorados pelo governador Paulo Câmara, bem como tenhamos que assistir seu apadrinhado, o pré-candidato Danilo Cabral (PSB), sugerir que a escalada da violência fique de fora dos debates políticos. Essa mania do PSB de varrer para debaixo do tapete e empurrar com a barriga discussões importantes não gera resultado positivo algum para a sociedade, e só contribui para o aumento no desgaste dessa que é, sem dúvida, a melhor Polícia Militar do Brasil, mas que sofre por estar sob a incompetência do seu comandante direto, o governador do estado”, disse Anderson.
Presidente do PL em Pernambuco, Anderson ressaltou que o lamentável episódio recentemente ocorrido em Porto de Galinhas, em que moradores e turistas ficaram sob estado de sítio devido à insegurança e à violência, não é algo inédito. “Esse cenário não é inédito nem exclusividade de um único município. A gente viu, em 2017, agências bancárias de todo o estado serem metralhadas por bandidos, caixas eletrônicos explodidos e o fracasso das atuais políticas públicas causado pela falta de comando do governo estadual. Hoje, Pernambuco ocupa a liderança nacional dos piores rankings e quem mais sofre são os que estão na ponta”, pontuou.
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