Fim do ano letivo se aproximando e com ele muitas mudanças na vida escolar de alunos, pais, professores e gestores. Principalmente, para quem migrará do 9º ano do ensino fundamental para o 1º ano do ensino médio em 2022. Essas mudanças ocorrerão devido à implantação do Novo Ensino Médio em escolas públicas e particulares de todo o país. A mudança, claro, tem gerado dúvidas sobre como será esse processo na prática.
Uma das mudanças que está gerando mais impacto para os estudantes é o fato de que eles passarão mais tempo na escola. O mínimo exigido atualmente é de 800 horas durante o ano letivo e, a partir do próximo ano, passa a ser de mil horas anuais, obedecendo à nova organização curricular, mais flexível, que contemple a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). A Base é o conjunto de orientações que deverá nortear a (re)elaboração dos currículos, ou seja, a formação básica que deverá ser aplicada em todas as instituições.
Quanto à distribuição da carga horária, para atender à BNCC, ela deverá cumprir as 1.800 horas aulas e as 200 horas restantes deverão ser destinadas aos itinerários formativos. E o que são os Itinerários Normativos? “São disciplinas eletivas, ou seja, da escolha dos estudantes, que irão se organizar a partir de 4 eixos estruturantes, sendo eles: investigação científica, processos criativos, mediação e intervenção cultural e empreendedorismo. Levando em consideração a cultura local, a realidade em que o aluno está inserido e respeitando as particularidades de cada um”, explicam as especialistas Roberta e Tais Bento, do projeto SOS Educação.
“As disciplinas eletivas, não estão ligadas à BNCC, a ideia não é aprofundar, nem fazer referência à formação geral básica. O objetivo das eletivas é desenvolver as habilidades dos alunos, prepará-los para a vida, para se relacionarem bem com situações do cotidiano tanto na vida pessoal, quanto na vida profissional. Na prática, o aluno terá em sua grade as quatro áreas do conhecimento divididas por ano ou por semestre, a depender da escola, e poderá escolher uma disciplina extra para se aprofundar”, afirma o gerente editorial do Sistema GGE de Ensino, Fellipe Torres.
De acordo com Leonardo Siqueira, gerente executivo do Sistema GGE de Ensino, “Todo processo de mudança gera insegurança, mas o nosso objetivo é fazer com que todos os envolvidos olhem para o Novo Ensino Médio não com o olhar de dificuldade, mas como uma grande oportunidade para inserir os alunos nesse protagonismo, nesse caminho onde ele vai poder fazer suas escolhas. E para orientar os professores que terão que se reinventar, nós apostamos em formação continuada, através de lives, palestras e orientação sobre como conduzir essas aulas, que fogem do modelo tradicional”, finalizou.
Fonte: Oficina
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