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CORRUPÇÃO DURANTE A PANDEMIA! VIDAS HUMANAS, O QUE ISTO IMPORTA?” (EPISÓDIO 10)

Direto de Brasília-DF

 

Episódio de hoje: do proto-humano aos Humanos que aprendem a se comunicar por grunhidos.

 

Nesta segunda parte da série de artigos em que adotamos o viés evolucionista, estamos contando a história do mundo desde 13.7 bilhões de anos até nossos dias,  para vincular o surgimento do ser humano, e com ele a corrupção.

No artigo anterior contamos em resumo sobre o período dos 230 milhões de anos em que os dinossauros apareceram no planeta, especialmente sobre os últimos 160 milhões de anos, período em que dominaram o planeta. Foi nos últimos 65 milhões de anos desse período que a segunda grande extinção em massa ocorreu e eles desapareceram, fato que permitiria a espécie humana se tornar dominante quando viesse a aparecer.

Desçamos, agora, a 2.6 milhões de anos antes de nós, época em que os primatas aprenderam a andar eretos e tornaram-se os primeiros proto-humanos.

O planeta seguia sua formação e dentre os minerais estelares que lhe deram forma, o silício combinado com o oxigênio geraram as rochas sólidas tão importantes para a sustentação da parte seca. Sobre este período, os arqueólogos da Universidade de Wyoming-EUA, Todd Surovell e Nicole Waguespack dizem que os hominídeos(os primatas) começaram a afiar e quebrar rochas para fazer pontas afiadas que deram origem às primeiras ferramentas.

Você tem ideia de quanto isto ajudaria a espécie hominídea, ou seja, nós os homens, a dar saltos de evolução para dominar o meio ambiente e prevalecer sobre as demais espécies? O uso de ferramentas foi um dos maiores saltos evolucionistas!

Porém, é necessário entender que para cunhar ferramentas foi necessário aprender a usar o raciocínio para manipular e forjar coisas e objetos para uso próprio. O uso do raciocínio nos fez dissociar das demais espécies de vida e subjugá-las.

Desenvolver habilidades fez e faz da espécie humana a dominante no planeta. O astrofísico Alex Filippenko sustenta que somente na Terra há os dois combustíveis para sustentar o fogo: o oxigênio e os materiais combustíveis, como a madeira, por exemplo. O fogo é parte daquela energia da explosão inicial, (Big Bang). Fillippenko diz ser um poder raro e excepcional possuir elementos para sustentar o fogo e como negar que o seja se este poder está na gênese de inúmeras transformações perigosas, mas também úteis ao desenvolvimento?

Com o fogo a humanidade pode dar outro salto evolutivo. Aquecer a rocha e mudar seu estado, forjar ferramentas, cozer alimentos de todas as categorias e ao se alimentar melhor, pode dilatar seu cérebro na caixa craniana.

Com esse crescimento da massa cinzenta foi possível desenvolver o raciocínio que a transforma em espécie dominante na cotidiana competição pelo controle da energia criadora que o “Big Bang” nos legou.

Muito provavelmente por enxergar essa eterna competição o naturalista e evolucionista Thomas Hobbes disse em seu livro “Leviatã”, dois séculos antes de Darwin e Wallace, que a vida é “uma guerra de todos contra todos”.

Astrofísicos e arqueólogos dizem que ter o fogo para cozinhar é como ter um grande estômago externo que derrete, cozinha e quebra alimentos, facilitando a digestão para gerar a energia que irá colocar nosso corpo e cérebro para funcionarem em conjunto e racionalizarem a própria existência.

Era o salto que precisávamos para ganhar a competição contra as demais espécies, inclusive porque o fogo permitia a dispersão dos seres humanos por todos os continentes, o que funcionou como uma espécie de seguro contra a extinção.

Evoluir para novos ambientes e expandir o raio de domínio sem dúvida pode ser um seguro contra a extinção! Essa mesma relação pode ser encontrada em grandes empresas que diversificam sua produção para não perecer nas constantes mudanças de gosto, e foco dos consumidores.

Nossos ancestrais assumiram o controle do fogo durante 800 mil anos e isto paulatinamente permitiu ao “Homo sapiens” assumir o controle sobre as demais espécies. Essa capacidade de controlar a energia do fogo era como voltar ao passado, ao “Big Bang” e dominar parte daquela energia que a tudo criou. Há uma espécie de círculo sem fim em ser energia, dominá-la e depois ser consumido outra vez por ela.

Os primeiros grunhidos

Nesse caminhar evolutivo chegamos a 200 mil anos antes de nós, época em que o homem moderno toma a forma que possuímos hoje. O “Homo sapiens” agora sabe falar, ou melhor, aprende a emitir os primeiros grunhidos.

Você faz ideia de quão importante é saber se comunicar? Codificar sinais e interpretá-los?

A comunicação possui dois alicerces: 1) saber codificar mensagens; 2) saber decodificar ou interpretar mensagens.

Coloque-se diante de uma placa em que haja informações que, mesmo que sejam absolutamente necessárias para salvar sua vida, você não consiga entendê-las. Perceba que se não sabe decodificar o que está escrito existe mensagem, mas não comunicação.

Esse ser humano de apenas 200 mil anos atrás, um verdadeiro bebê na era geológica, começou a emitir grunhidos por suas cordas vocais e gradualmente a agregar signos e significados a esses grunhidos.

Posteriormente passou a usar símbolos para se expressar e este foi o salto que nos revelaria outro traço da Teoria da Evolução: a capacidade de nos comunicar em rede de humanos, parecidos com as redes de computadores, porém de forma muito mais complexa porque temos sentimentos e conseguimos raciocinar e racionalizar a vida, isto quando não nos deixamos dominar pela ignorância própria e dos que nos cercam, em rede.

Eis porque em meu magistério, livros, e palestras sempre desafio os ouvintes a buscarem valorizar a capacidade de nos comunicar por meio da escrita e da leitura. Como é possível que alguém receba um presente tão maravilhoso e em pouco tempo o despreze e passe a detestá-lo?

Pois, bem! Inúmeras dessas virtudes que recebemos da natureza serão usadas para a destruição dos recursos renováveis e não renováveis do Planeta Terra e dentre as táticas e técnicas que herdamos e desenvolvemos, a corrupção, o rompimento da ética será uma das mais danosas aos seres humanos e ao planeta.

Quando o ser humano aprender a tirar proveito pessoal de seus pares e do meio ambiente por meio da corrupção, e quando a empregar em seu cotidiano como benefício próprio e de seus eleitos em prejuízo dos demais, este aspecto da evolução apresentará seu lado podre e sua extrema capacidade de dizimar o BEM, o supremo BEM, que é a justiça. Elementos desta espécie aprenderão com maestria a técnica da destrutividade e eles nascerão em profusão em alguns países do mundo, com destaque para um país que surgirá em 150o d.C.: o Brasil.

 

Quarta-feira, o próximo episódio.

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Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

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