Direto de Brasília-DF
Episódio de hoje: O “Big Bang”, os oceanos e mais de 10 milhões de espécies de vidas afetadas pela corrupção
Os cientistas estimam que existem mais de 10 milhões de espécies diferentes de vida, no Planeta Terra.
Pensar que todas derivam de um mesmo “tronco” pode ter sido uma das razões que levou Charles Robert Darwin, o sistematizador do evolucionismo, a apelidar a divindade criadora de “Supremo Criador das Bactérias”.
Como dissemos nos artigos anteriores o evolucionismo é um processo lento. Então, quando chegamos a 3,8 bilhões de anos antes dos humanos aparecerem, nos oceanos começa uma verdadeira revolução a partir de quatro elementos químicos que tornar-se-ão os alicerces do surgimento e evolução das espécies: hidrogênio, oxigênio, carbono, e nitrogênio.
Esses gases criados pelas constantes explosões estelares unem-se para criar o ‘DNA’ de cada espécie que nada, caminha, rasteja ou voa no Planeta Terra, desde seu aparecimento a sua extinção ou sobrevivência e evolução.
É a partir desse momento que a vida começa a pipocar nos oceanos. Cada criatura toma seu quinhão de ‘DNA’ que o “Big Bang” gerou e segue seu curso existencial. Cada espécie se constitui com suas diferenças, múltiplas e originais. NADA SE FORMA COM BASE EM IGUALDADE, pois a força da energia criadora aposta nas diferenças.
Aqui, outra vez chamo atenção para um paralelo entre a Teoria Criacionista e a Evolucionista. Na primeira, impossível um crente qualquer aceitar que Deus errou ao criar o ser humano com tantas imperfeições, da mesma forma que os cientistas e investigadores há muito se espantam com as muitas falhas presentes na espiral do ‘DNA’ humano e de outras espécies. Doenças impiedosas, transtornos, síndromes e outras mazelas já estão cientificamente catalogadas como falhas nas informações que nos constituem.
Mais recente na linha de tempo que venho traçando, ou seja, descendo para 2,5 bilhões de anos antes de nós humanos aparecermos, as bactérias descobrem como usar a energia do Sol. Ao fazer isto alimentam-se e aprendem a processar o oxigênio como fonte de toda a vida que hoje conhecemos.
Essas mesmas bactérias passaram a transformar a luz solar em oxigênio e o utilizam para corroer o ferro existente nos oceanos. Você já viu como a maresia corrói o ferro? Pois, é! O princípio é o mesmo.
É assim, segundo a ciência, que ao longo de milhões de anos esses resíduos que sobravam do processo de alimentação das bactérias formaram a parte sólida do Planeta Terra, semelhante aos resíduos sólidos que os macacos lançam no solo, ao se alimentarem no topo das árvores. Foi assim que os resíduos sólidos resultantes do processo de alimentação das bactérias ao longo de milhões de anos se amontoaram para formar a porção sólida que chamamos terra, suas ilhas e continentes.
Observe que a própria Natureza trata de separar a porção seca da porção líquida e tudo se faz em plena sintonia com o ambiente gasoso criado no “Big Bang”. Ainda hoje, ilhas desaparecem e reaparecem quando a Natureza em seu curso impiedoso alaga e em seguida seca determinadas áreas do globo.
Os ‘tsunamis’ de 2004 e 2011, por exemplo, são amostras recentes, ao reconfigurar geograficamente partes da Ásia. Outros que ocorrerão no futuro, seguirão demonstrando que nessa luta homem x Natureza, esta pode mais. Quantos outros ‘tsunamis’ de resultados catastróficos podem ter havido no passado, sem sabermos?
Se você parar para refletir notará que os elementos físicos e químicos como ferro, aço, carbono, nitrogênio, hidrogênio, etc., que nos constituíram e nos mantém vivos são os mesmo que alimentam nossa moderna indústria, que deram vida à revolução industrial e que hoje compõem as ligas que estão presentes em nossos tecidos de vestuário, carros, brinquedos, materiais de construção, computadores e em tudo que nos rodeia.
Enquanto as bactérias se alimentavam de quantidades suficientes do ferro dos leitos e rochas dos mares e esgotavam a quantidade de metal suficiente para corroer, o excesso de oxigênio que sobejava escapava para a atmosfera envolvendo o planeta, convertendo-o em um grande útero gerador de inúmeras formas de vida.
Podemos dizer sem exagero algum que o oxigênio e hidrogênio, principalmente na versão água, representam o antes e o depois da vida. Com esses gases, junto e separados, a evolução dá um salto gigantesco.
A vida pula dos mares, ou seja, da porção aquática para a porção seca. Os primeiros seres aprendem a respirar fora dos mares e vão se tornando cada vez mais constantes na porção seca, além de desenvolver características para sobrevivência neste novo ambiente desafiador.
Os animais aquáticos evoluem para ter pés e patas e estão a caminho de desenvolver mãos com dedos e garras separados um do outro, o que irá permitir outro salto gigantesco na evolução, já que dedos e garras são ferramentas excepcionais para segurar coisas, esculpir ferramentas e utilizá-las em benefício próprio. Pés e mãos podem ser feios ou bonitos segundo o olhar de cada pessoa, más colocando à parte o lado estético, são absolutamente úteis e necessários para a evolução que vimos alcançando.
Astrofísicos, paleontólogos, geólogos, astrônomos, como Nicole Waguespack, Peter Ward, Russell Shapiro, Alex Filippenko e outros excepcionais afirmam que aos 550 milhões de anos antes de o ser humano aparecer, os níveis de oxigênio atingiram 13% no Planeta Terra. Foi um percentual que criou boa condição para a preservação de espécies existentes e para a evolução que dá lugar a novas espécies.
Segundo o biologista da vida selvagem, Jonathan Cohen, da “State University of New York College of Environmental Science and Forestry”, no período cambriano a vida existe em abundância e segue se multiplicando por todo o planeta.
Surgem peixes ósseos que são, também, nossos ancestrais, pois deles recebemos a estrutura da coluna óssea que possuímos. As demais partes desses peixes ósseos foram progressivamente evoluindo para se parecerem conosco, inclusive bocas com mandíbulas, dentes e a coluna vertebral. Bactérias e peixes ósseos, estão, portanto, bem antes de Darwin apontar os primatas em sua famosa escala evolutiva.
Os humanos são fruto dessa evolução lenta que vimos relatando. O ser humano é a espécie que melhor se adaptou às adversidades, porque com seu cérebro grande em relação às demais espécies aprendeu a tecer complexas relações neuronais, ou seja, a usar o raciocínio e o livre arbítrio para tomar decisões.
Todo processo decisório exige, no mínimo, planejamento e execução, ou seja, capacidade de raciocínio. Na história dos 13,7 bilhões de anos que compõem a sinfonia da existência dos seres humanos no planeta Terra, o cérebro humano com sua capacidade racional nos tornou a espécie mais inteligente e dominante. Causa-me estranheza profunda quando vejo que estamos mergulhando outra vez nas trevas da ignorância.
De tempos em tempos os seres humanos passam a tratar tolos como sábios, passam a desprezar a leitura, a escrita e a interpretação e a valorizar idiotas e imbecis como líderes que devem ser seguidos. Foi assim, por exemplo, na Idade Media, até que um Renascimento, um Iluminismo se fez necessário.
Vivemos uma eterna marcha de avanços e retrocessos, sendo que estes destroem com espantosa rapidez o que décadas e séculos exigem para um simples avanço e como o mundo está configurado politicamente para que as coisas sejam assim resta aos inconformados adaptarem-se ou calarem-se.
Para alguns pensadores como Benjamim Franklin, “quem falha em planejar, planeja falhar”. Nosso cérebro em pleno funcionamento é um presente excepcional que a Natureza nos dá, não somente para existirmos mas para seguirmos sendo a espécie dominante. Não aprender nem se permitir ser ensinado a usá-lo é se colocar na posição exata para ser dominado. Daí para tornar-se manipulado, expropriado e encabrestado é um passo minimo.
Saber pensar nos trouxe até o estágio em que estamos e nos tornou espécie dominante. Será que foi ao meditar sobre a evolução, foi que o cartesiano filósofo francês René Descartes recebeu inspiração para dizer “penso, logo existo”?
Talvez! Apesar que não podemos ignorar que mais de dois mil anos antes dele, filósofos gregos como Tales de Mileto, e pouco tempo depois deste Aristóteles já cogitavam essa possibilidade. Para Aristóteles, por exemplo, o raciocínio é a maior de todas as dádivas que o ser humano recebeu. O que estamos fazendo com este tesouro que a Naureza nos deu gratuitamente?
É, indiscutivelmente, o raciocínio que nos projeta à dimensão superior entre todas as espécies. Neste aspecto há que se enaltecer o poder do LIVRE ARBÍTRIO, ou seja, a capacidade de escolher entre o certo e o errado, o justo e o injusto, o legal e o ilegal, o honesto e o desonesto, sem determinismos que insistem que os exemplares imprestáveis da espécie assim o são por culpa do meio, dos pais, do vizinho ou do cachorro que com seu olhar enviezado o fez sofrer.
Falhas no ‘DNA’ alteram aspectos físicos e destroem ligações neuronais. Algumas tornam suas vítimas, ausentes da realidade. A estes ausentes há que se controlar sem que se possa a eles impor valores éticos, mas dos racionais o mínimo que temos de fazer como espécie dominante é cobrar que lutem a “guerra de todos contra todos” seguindo as regras do jogo. Desta forma indago:
1 – Pela Teoria Criacionista, a divindidade criadora, implantou em nosso espírito o mau da corrupção ou esta é fruto de um aprendizado?
2 – Pela Teoria Evolucionista e sua Natureza criadora (Big Bang), o mau da corrupção está na espiral de nosso ‘DNA’ ou é um aprendizado?
Se a corrupção é um aprendizado, então também é cultural!
Se é cultural pode ser modificada a partir do livre arbítrio que por meio do raciocínio nos leva a decidir ser éticos ou antiéticos?
Se as respostas para as perguntas acima caminham na direção de nossa responsabilidade individual, como explicar que governadores, prefeitos, vereadores, desviem para si em plena pandemia dinheiros e rendas públicas que deveriam ser empregadas na saúde publica, como por exemplo, para compra de aparelhos respiradouros? De que é constituída a alma ou o ‘DNA’ dessas aberrações que se imaginam seres humanos?
E, ainda mais difícil, como explicar que eleitores continuem se estapeando física e psicologicamente para defenderem com unhas e dentes candidatos e partidos de esquerda, de direita e de centro, que lhes prejudicam tanto, que cotidianamente lhes sonegam e destroem o mínimo de dignidade social e econômica? Como?
Quarta-feira, o próximo episódio.
Atendendo a pedidos aos sábados publicarei o episódio traduzido ao inglês.
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