Esse final de semana o Brasil atingiu a cifra triste de 500 mil mortes por COVID-19. O mais preocupante é que as estatísticas diárias não cessam abaixo de 2 mil mortes, apesar que cerca de 11% da população esteja vacinada.
A preocupação maior é que a população está se ausentando e não buscando a segunda dose da vacina. A circulação de pessoas aumentou nas vias públicas e me parece que existe uma cultura de “aceitação” do cenário atual.
São 500 mil famílias enlutadas e a população segue confusa negligenciando. De acordo com os dados do Ministério da Saúde, nas últimas 24h tivemos o acréscimo de mais 1.25 mortes (domingo, 20 de junho) e mais 44.178 novos casos no país. Ao todo no Brasil, foram 17.927.928 pessoas diagnosticadas desde o início da contagem em março de 2020.
A expectativa é que tenhamos até o final do ano vacinado mais de 70% da população brasileira. No segundo semestre desse ano, algumas escolas da rede pública vão dar início as aulas semi-presenciais e alguns estados já iniciaram a vacina na população mais jovem de modo que a volta a “normalidade” possa ficar garantida com a maioria imunizada.
Alguns países na Europa voltaram a conter a abertura dos estabelecimentos públicos (restaurantes, hotéis, salas de cinema) em virtude do avanço do número de infectados. A vacinação garante o arrefecimento dos sintomas e efeitos ocasionados pelo vírus no organismo humano. Apesar da vacinação em massa em alguns países, como os EUA, as medidas de abertura estão sendo paulatinamente sendo liberadas em conformidade com a diminuição do número de casos.
Algumas cidades norte-americanas, como Nova York, comemoram a retomada à “normalidade”, todavia, os cuidados como uso de máscara e alcool em gel vão ficando a critério do cidadão americano que se encontra por ora imunizado com as duas doses da vacina.
No Brasil, o pronto estabelecimento à “normalidade” parece que ainda demorará algum tempo. Apesar do avanço da vacinação, a média móvel do número de mortos não vem cedendo como se esperava. Infelizmente o cenário futuro da pandemia do COVID-19 no Brasil é bastante crítico e que inspira muita cautela. O uso de máscara e o distanciamento social são cruciais para que vençamos essa batalha contra o vírus, caso contrário, o Brasil será o top da lista dos países onde o vírus vitimizou mais pessoas no planeta. Triste estatística e que levará muito tempo para o país apagar essa marca.
Em suma, a única certeza que temos na vida é a morte, em tempos de pandemia em que o nível de contágio encontra-se elevado, o importante é continuar com os cuidados e aguardar a imunização da maior parte das pessoas de modo que possamos efetivaente retornar à “normalidade”.