A educação é fundamental para o desenvolvimento pessoal e também para a inserção na sociedade e no mercado de trabalho. Para pessoas com Síndrome de Down, também conhecida como trissomia 21, não é diferente. A inclusão deste público no ensino superior é um passo importante visando a socialização e a profissionalização. Uma instituição regular e inclusiva pode ajudar ainda mais as pessoas com Síndrome de Down a desenvolverem todas as suas capacidades e torná-las mais independentes.
Neste dia 21 de março é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down. A data tem como objetivo conscientizar a sociedade para a inclusão da pessoa com síndrome de Down e dar visibilidade ao tema em instituições públicas e privadas. No Censo da Educação Superior, o grupo é classificado de forma imprecisa, utilizando o termo “pessoas com deficiência intelectual”, o que representava um total de 2.043. Entre as carreiras preferidas estão educação física, gastronomia e pedagogia.
Para atender melhor pessoas com Síndrome de Down, o Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG) conta com o Núcleo de Apoio Psicopedagógico (NAP), um serviço de acolhimento, aconselhamento e desenvolvimento de habilidades socioemocionais para os estudantes universitários. O setor atende necessidades específicas desse público, com foco em promover o desenvolvimento de competências para o desenvolvimento pessoal e profissional dos alunos, permeando a inclusão no mundo do trabalho.
“A instituição de ensino superior tem o papel de incluir e preparar pessoas com deficiência para o mercado de trabalho. Dentro do NAP fazemos acompanhamento das aulas, aplicamos as provas de maneira adaptada e nos reunimos com as turmas para promover a inclusão de alunos com alguma deficiência”, explica a coordenadora do NAP, Ada Sales. Mesmo com a pandemia, que suspendeu as aulas presenciais, os atendimentos continuam de forma remota, através de aplicativos de videoconferência. “Mesmo com o isolamento social, não deixamos de atender nossos alunos. Foi essencial para dar continuidade ao desenvolvimento e principalmente no apoio psicopedagógico”.
Foi na UNIFG que Carlos Vasconcelos Filho, mais conhecido como Carlinhos, concluiu o ensino superior. Ele é formado em Educação Física, já trabalhou em outras empresas e atualmente é assistente administrativo dentro da instituição. “Sempre fui muito bem recebido na faculdade. O curso superior abriu as portas para uma área de trabalho que me dá prazer”, comenta Carlinhos. Ainda de acordo com ele, é importante que pessoas que tenham alguma deficiência, se sintam acolhidos dentro da sociedade: “A inclusão no trabalho ajuda as pessoas a lidar com as diferenças. A empresa, além de dar o emprego, gera uma remuneração que dá dignidade e a sensação de sentir útil.
Fonte: Dupla Comunicação
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