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PROTEÇÃO COSTEIRA: DUNAS DE AREIA PARA DEFESA COSTEIRA E INUNDAÇÕES

As dunas de areia podem ser uma importante defesa natural contra inundações costeiras. Elas são de grande importância na conservação da natureza, na recreação e na atividade do turismo.  Atualmente, muito se discute a necessidade de projetos de engenharia para proteção costeira que funcionem como defesas naturais.

A importância das dunas costeiras está na sua função como barreiras para evitar a erosão marinha e as inundações costeiras em áreas urbanizadas. A proteção das dunas favorece a manutenção da paisagem natural e a recreação. É preciso desenvolver novos métodos para proteção costeira, para adaptação das cidades litorâneas frente as mudanças no clima de ondas e a elevação do nível do mar.

As tempestades mais frequentes e o aumento do nível do mar, são os principais responsáveis por acelerar a erosão costeira existente nas áreas urbanizadas, colocando em risco as orlas das cidades costeiras.

Encontrar soluções de engenharia que respondam de forma eficaz ao suprimento de sedimentos, para o enfrentamento dos fatores forçantes nos sistemas costeiros de dunas e praias, devem ser objeto de mudanças na concepção de projetos de obras de defesa costeira.

Praia do Marceneiro: A engorda natural da praia após a construção do dissipador de energia Sandbag, mostra o formato natural e não retilíneo da costa. Após a construção da obra, a praia vai emergindo, o mar vai recuando com o tempo, a berma natural vai sendo formada e a vegetação de restinga volta e recuperar a paisagem local. Passo de Camaragibe/AL.              Foto Autoral (fevereiro/2021).

Nos Estados Unidos, após a passagem do furacão Sandy em 2012, observou-se que os segmentos litorâneos protegidos pelas dunas durante as tempestades, ocorreu a absorção da energia das ondas pelas dunas. Nos Seguimentos que não continham dunas tiveram perdas materiais significativas, provocando uma mudança na opinião pública sobre a presença de dunas para defesa costeira.

Uma percepção enganosa comum sobre os projetos de alimentação artificial de praias e dunas é que eles são falhos, já que são destruídos pelas ondas durante tempestades. Na verdade, esses projetos têm a finalidade de absorver a energia e fazem isso se movimentando e mudando suas formas.

No Brasil, o Ministério do Meio Ambiente em dezembro de 2018, publicou o Guia de Diretrizes de Prevenção e Proteção Costeira, no qual as regiões litorâneas terão a possibilidade de transformar os ecossistemas costeiros, que cumprem a função de proteção natural (dunas, restingas, manguezais, recifes de coral), em ativos econômicos, sociais e ambientais dentro de algum tipo de mecanismo de valoração e pagamento a ser trabalhado entre os três níveis de governo.

Em Alagoas desde 2003, as experiências para defesa e restauração contra erosão marinha dos ecossistemas costeiros, com uso de dissipadores de energia na recuperação natural de praias, apresentam resultados positivos para adaptação em áreas urbanizadas, frente aos riscos de desastres naturais.

 

FONTE: MARCO LYRA

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A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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