Cada vez mais as pessoas têm se preocupado com a alimentação. O segmento que comercializa este tipo de comida cresceu 98% nos últimos cinco anos e atualmente o país possui o quinto maior mercado em todo o mundo, segundo o estudo Euromonitor Internacional – The Top 10 Consumer Trends for 2017.
No Nordeste, houve um aumento de 5% na procura por sucos naturais, 4% por frutas e na clássica combinação de arroz e feijão como componentes do prato, e 3% na procura por legumes e verduras, por exemplo, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT). Mas é preciso ter atenção.
Para a nutricionista Fabricia Padilha, coordenadora de Nutrição da Faculdade Pernambucana de Saúde, essa tendência é muito positiva, mas há um alerta. Nos dias atuais a informação chega rapidamente, nem sempre da melhor forma e com embasamento científico adequado para que a população saiba filtrar as verdadeiras informações. De acordo com ela, esse movimento valoriza a profissão de nutricionista.
“No entanto, paralelo à atuação do profissional nutricionista, temos disponibilizado e com fácil acesso sites, blogs e aplicativos, contendo os mais diversos conteúdos voltados à saúde, bem-estar, que em sua maioria prometem ‘fórmulas milagrosas’ e nem sempre são produzidos por profissionais de saúde devidamente habilitados, negligenciando muitas vezes o acompanhamento presencial e o vínculo da relação nutricionista-paciente”, acrescenta Padilha.
No Dia do Nutricionista, comemorado neste último dia de agosto, ela destaca que “atuar neste mercado de trabalho é um desafio constante, mais do que nunca, requer um nutricionista crítico, reflexivo e com uma visão holística diante dessa realidade, no qual o significado de ter uma boa alimentação, hoje, passou a estar cada vez mais ligado ao restrito”.
Por: Pedro Paulo – Multi Comunicação
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