Direto de Taguatinga-DF/Brasil.
Segunda-Feira, 17 de agosto.
A cada dia sinto mais a pressão deste ano de formatura e dos próximos passos em minha vida acadêmica.
Hoje, segunda-feira, as aulas agendadas na plataforma são: português, artes e matemática. Para minha decepção, com nenhuma das três matérias foi feito uma reunião no intuito de ensinar a matéria.
A professora de português realizou o encontro “online”, porém, somente para retirada de dúvidas referentes a essa semana que começa. Geralmente, quando o professor não comparece virtualmente, no horário de sua aula, ele coloca um vídeo e exercícios, ou um PDF explicando tal conteúdo para que possamos estudar e assim, aprendê-los.
O único diferencial, em meu ponto de vista, é que os professores das matérias de português e matemática são os únicos que preparam os anexos ou vídeos, com comentários sobre as aulas.
A professora de Artes demanda outra estratégia — mais arriscada —, que compreende o envio de vídeos da matéria de outro professor, explicando o conteúdo que ela deseja passar. Essa metodologia às vezes complica a compreensão, pois as explicações de um novo lecionador explicando de forma diferente e sem que nós possamos retirar dúvidas, cria uma sensação de pedaços soltos de aula, sem unidade de conteúdo.
Terça-Feira, 18 de agosto.
Hoje, último dia do meu DIÁRIO DE BORDO, acordei com a estranha sensação de estar realmente escrevendo algo para o futuro, mesmo sem saber a repercussão.
Volto minha atenção para as aulas. Faço minha higiene matinal, tomo meu café, sento-me para estudar. Abro o computador e… como ontem, tive apenas uma aula pelo “Google Meet”.
A única aula do dia foi de Sociologia, com o fim de resolver dúvidas em relação às notas do primeiro bimestre que foram lançadas, no dia 8 de agosto.
Sobre a matéria de Artes, foi feita uma postagem de um conteúdo novo para essa semana, mas sem explicações pessoais da professora. O que vejo são vídeos explicativos de terceiros, com atividades relacionadas ao assunto. Desisto…
Quanto à aula de Geografia, a professora somente postou o conteúdo sobre o que vamos debater no dia seguinte, pois, reúne-se com os alunos para tirar dúvidas e ensinar o assunto, em uma aula na semana, geralmente às quartas-feiras. Todavia, seu método é efetivo, dado que nos prepara para o conteúdo do dia seguinte, que será lecionado pela reunião ou aula ”online”. Assim, eu e meus colegas de classe sentimos nesta aula que estamos aptos a realizar as atividades que são propostas sobre o conteúdo ministrado. Essas atividades que a professora nos passa são formuladas como avaliativas e contadoras de presença.
Meus registros finais:
O que pude observar notar durante essa semana de “vigilância” às aulas “online”, durante os encontros pelas duas plataformas que foram aqui apresentadas — com a opinião também de outros estudantes —, é que muitos professores estão utilizando de métodos diferentes para ensinar a matéria.
Alguns desses métodos são eficazes, quando os próprios professores se encarregam de explicar sua metodologia, na aula virtual.
Sobre o funcionamento das plataformas e defeitos técnicos relacionados a iluminação, som e imagem, os problemas ocorriam somente nos primeiros meses em que os professores ainda se adaptavam. No entanto, com outros professores de matérias diferentes, são utilizados vídeos de canais diversos e nos é enviado na plataforma para “aprender” o conteúdo. Esse método pode não ser tão eficaz quanto o outro, uma vez que não é sempre que os professores estão vendo os comentários e quando ocorrem dúvidas em relação ao vídeo, eles nem sempre as respondem.
Registro que somente dois dos meus professores postam vídeos de sua própria autoria. Os demais postam vídeos do Youtube, de terceira pessoas e professores. O que mais nos ajuda nesse período em relação à fixação do conteúdo das disciplinas, são os exercícios propostos, uma vez que por meio deles é possível pesquisar sobre o assunto em questão, e perceber se ocorreu o aprendizado do tópico da aula do dia.
Estamos em um período de reorganização educacional, aprendendo todos os dias como adaptar nossas aulas, tanto os professores quanto os alunos, para que possamos extrair crescimento desse momento de pandemia em que a educação e o ensino foram resetados pela pandemia. É um momento difícil, de construção de muita coisa que foi e está sendo destruída.
Por fim, foi consenso entre todos os estudantes aos quais perguntei, que preferem as aulas presenciais.
Neste dia 18 de agosto de 2020, encerro meu DIÁRIO DE BORDO, sabendo que a viagem continua…