DR JUDIVAN VIEIRA

MEDIDA PROVISÓRIA 984/2020, OU LEI-FLAMENGO. UMA DECISÃO HISTÓRICA, E UM GOL DE PLACA PARA O BRASIL! (PARTE 3)

Direto de Brasília-DF.

Considero importante seguir contribuindo com o processo educativo e de ensino, sem o tradicional viés ideológico-político, que domina o Brasil da esquerda, e da direita.

Todos, inclusive os do tal de centrão, estão descentralizados do amor que deveriam sentir pela pátria. Todos fazem questão de ignorar o que realmente importa, que precisamos mesmo é de um só coração, e uma só alma pelo Brasil!

Educar e ensinar está além, muito além de fazer da mente alheia um depósito de lixo, ou seja, de informações que foram recebidas, digeridas e vomitadas por uma pessoa, empresa, partido político ou máquina de propaganda.

Esses, o que desejam é colocar cabresto no povo simples, que não tem nem o conhecimento, nem a coragem, nem as armas para combater a manipulação histórica, que IMPRENSA, RELIGIÃO E ESTADO, usam para enganar e dirigir para destinos que não seriam os que o povo escolheria, se soubesse pensar por sí.

É com esse espírito que seguirei escrevendo sobre esta MP-FLAMENGO, seus reais e possíveis efeitos sobre o futebol, que desde 1894, quando um estudante brasileiro, Charles Miller, que jogava futebol com seus colegas na Inglaterra, ao voltar ao país trouxe bola e chuteiras, e fez deste esporte uma espécie de MARCA REGISTRADA, do Brasil

O futebol e o Brasil, o Brasil e o futebol, criaram uma simbiose, uma associação tão grande, que um parece ser a imagem do outro, refletida no espelho do mundo. Eis porque temos palavras e expressões que vão muito além do signo, e de um significado unilateral.

Há palavras e expressões, às quais a história, a geografia, a biologia, e, para lá das ciências lógica e exastas, o sentimento se une para criar mitos e lendas.

Com isto quero dizer que uma pessoa ao falar, escrever ou comunicar certas palavras, ou expressões, as vincula diretamente a todo um significado universal, em qualquer parte do Planeta Terra, da Lua, ou Marte. Eis que tais palavras ou expressões transcendem àquela circunstância de tempo e espaço, no qual está o falante e o ouvinte.

Eis algumas dessas palavras e expressões:

1 – “O Brasil é o país do futebol”.

2 – “Pelé”.

3 – “O país do Carnaval, do futebol, do samba e da mulher bonita”.

Você já parou para pensar na grandeza do significado e múltiplas mensagens que possuem esses três exemplos acima?

O Brasil não é o país do futebol, somente porque, no momento, é cinco vezes campeão da Copa do Mundo. Está muito além disto! São jogadores como Garrincha, Pelé, Rivelino, Tostão, e outros maravilhosos, da antiga geração, que com magia e genialidade marcaram seus nomes na história.

O Brasil não é o país do futebol, somente porque nele nasceu Zico, uma espécie de instituição nipo-brasileira, tão respeitável quanto a tradição familiar para o antigo Japão.

O Brasil não é o país do futebol, somente porque nele nasceram magos da bola, como Ronaldo, Rivaldo, Ronaldinho Gaúcho e Neymar.

O Brasil não é o país do futebol, somente porque em “jovens tardes de domingo”, conseguia colocar 200 mil pessoas no Maracanã.

O Brasil é o país do futebol, pela emoção e paixão, com as quais vive esse esporte. Afinal, retire a emoção e a paixão e seremos menos que máquinas. Os brasileiros choram, sorriem, casam-se, divorciam-se, geram e batizam seus filhos, embalados por algum sentimento vinculado ao futebol.

É neste contexto que venho descrevendo, que surge a MP-FLAMENGO, que se o Congresso Nacional tiver bom senso, irá em breve converter em Lei Ordinária(este é o nome dado a certos tipos de leis, dentro do processo legislativo previsto no art. 59 da CF/88). Aliás, por falar em Congresso Nacional, se alguém reclamar porque o Presidente da República não os consultou sobre a edição desta MP, saiba que o Poder Executivo não tem nenhuma obrigação de dar aviso prévio.

Podemos, ou não, gostar de um estereótipo(palavra que significa, ideia, conceito, ou padrão estabelecido pelo senso comum das pessoas, baseado no conhecimento superficial e, às vezes, até preconceituoso sobre algo ou alguém), mas, uma vez criado, o tal estereótipo, passa a ser importante tentar compreendê-lo, aceitá-lo ou modificá-lo.

Sermos chamados de país do futebol, talvez esteja a exigir, nestes novos tempos, associar à paixão, o profissionalismo e a gestão empresarial que a indústria do futebol requer e merece.

Siga-me no Instagram: judivan.j.vieira

Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *