Criar um ambiente favorável à volta do crescimento sustentável de Pernambuco, baseado em eixos fundamentais para a retomada do desenvolvimento e geração de emprego. Este é o desafio que o próximo governador terá que encarar, segundo afirmou o candidato da coligação Pernambuco Vai Mudar, senador Armando Monteiro (PTB), na manhã desta segunda-feira (13), em evento promovido pela Câmara de Comércio Americana (AmCham), na sede da entidade no Recife, no Pina, Zona Sul da capital.
Armando falou por cerca de uma hora para uma plateia de 120 associados da entidade, com empresários de diversos setores, como construção civil, tecnologia e indústria alimentícia, na primeira rodada de palestras que a AmCham está fazendo nos Estados com os principais candidatos ao governo. Aliás, Pernambuco foi o Estado escolhido para o início da série, que ainda terá São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Para Armando, o quadro que Pernambuco vive é grave. “Já estamos acima do limite prudencial, com 49% da receita corrente líquida destinada a pessoal. Se somarmos o custeio, sobra algo muito inexpressivo para investimentos. Isso num ambiente de total deterioração da infraestrutura, com a malha viária em estado deplorável, por exemplo”, afirmou Armando.
Sobre isso, Armando lembrou que há muitos cargos comissionados na estrutura governamental e que pretende trabalhar em uma lei estadual que regule a governança nas empresas estatais, com critérios estabelecidos em méritos e não no que ele chamou de “arranjos políticos nefastos”. “Houve recentemente trocas de última hora em pontos-chave da administração. Precisamos proteger essas empresas de influências nefastas”, reforçou o senador.
Questionado por um participante do evento a respeito do receio que muitos empresários têm em fornecer para o governo do Estado, Armando lamentou que “Pernambuco esteja tratando mal os seus prestadores de serviços: há R$ 1,3 bilhão em restos e atrasos consideráveis na folha de pagamento de terceirizados, em áreas importantes como a saúde”. O candidato alertou que os fornecedores devem ter tratamento isonômico. “A solução é criar um programa de compras governamentais e estimular a economia do Estado. É preciso muita transparência e controles adequados, um maior controle social para evitar problemas que, muitas vezes, se traduzem em práticas de corrupção”, enfatizou.
Fotos: Leo Caldas/Divulgação