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Teatro Santa Isabel completa 170 anos nesta segunda-feira (18)

Apresentações musicais celebram a data, a partir das 19h, no Instagram do teatro gerido pela Prefeitura do Recife

De portas fechadas pela pandemia, o Teatro de Santa Isabel abriu janelas nas redes sociais para celebrar os 170 anos, que completa na próxima segunda-feira (18). Nestes tempos de distanciamento como decoro social e sanitário urgente e necessário para salvar vidas, as comemorações, que começaram no último dia 6, estão sendo virtuais. Na data exata do aniversário do teatro, a programação preparada pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, será música para ouvidos isolados.

A partir das 19h de segunda-feira, o Santa Isabel convida seu público cativo a ficar em casa e assistir à live-celebração protagonizada pelas atrações musicais: SH (Surama Ramos e Henrique Albino), Publius Lentulus, Grupo Instrumental Brasil e Chorinho da Roça.

“O Teatro de Santa Isabel comemora este ano seus 170 aniversários de vida e de glória, de beleza, de alegria e de aplausos. Muita música, palavras que são ideias, são lutas e são vitórias”, comemora a secretária de Cultura do Recife, Leda Alves.

As celebrações aos 170 anos do Teatro Santa Isabel continuam nos próximos dias 20 e 27, com bate-papos virtuais entre o gestor do equipamento, Romildo Moreira, e os convidados André Brasileiro e José Renato Accioly, sempre a partir das 19h, trazendo à tona questionamentos sobre o futuro dos mercados da arte pós pandemia, além claro de memórias e histórias que o Santa Isabel ajudou a contar na vida e na carreira de cada um.

As apresentações musicais e conversas serão transmitidas ao vivo, no perfil do teatro no Instagram (@teatrodesantaisabeloficial), único palco possível para escoar produções, mobilizações, alumbramentos e questionamentos artísticos em tempos de isolamento social.

Sobre o Teatro:

O Teatro Santa Isabel, cujo nome é uma homenagem à Princesa Isabel, foi inaugurado em 18 de maio de 1850, com a apresentação do espetáculo O Pajem de Aljubarrota, do escritor português Mendes Leal, inserindo a então província de Pernambuco numa nova fase cultural.

Idealizado pelo Barão da Boa Vista, teve o projeto dirigido pelo engenheiro francês Louis Léger Vauthier, que inovou na época, optando por não utilizar trabalho escravo na construção de arquitetura neoclássica. Tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 31 de outubro de 1949, o equipamento foi mais tarde eleito um dos 14 teatros-monumentos do país.

Durante toda a sua história, a casa sempre esteve no centro da vida política da cidade, tendo assistido à Revolução Praieira e abrigado a campanha abolicionista e pelo advento da República. Frequentado, desde sempre, por notórias personalidades da cultura nacional, o Teatro de Santa Isabel foi cenário dos debates literários de Tobias Barreto e Castro Alves. Foi de lá que ecoou para todo o Brasil a histórica frase do abolicionista Joaquim Nabuco: “Aqui vencemos a causa da abolição”, imortalizada numa placa exibida numa das paredes do teatro até hoje.

Uma curiosidade sobre o teatro é que ele chegou a ser destruído por um incêndio ocorrido em 19 de setembro de 1869, tendo sido totalmente recuperado, redimensionado e entregue outra vez ao povo pernambucano em 16 de dezembro de 1876, para em 2020, quem diria, virar de novo saudade, até que o coronavírus dê à humanidade uma merecida trégua.

Sobre as atrações musicais:

SH (Surama Ramos e Henrique Albino) – Mais do que uma performance para dois intérpretes que cantam, tocam diversos instrumentos (incluindo instrumentos não convencionais e remixagens eletrônicas ao vivo) e que dialogam com interações com o público, SH é um retrato dos sentimentos que acabam por serem reprimidos dentro de cada um; a onomatopeia que nos faz calar como título. Tendo como fundamentação as vidas dos intérpretes/autores, as partículas geradoras das composições são autobiográficas. Surama e Henrique têm como característica principal a versatilidade, e partem disso para tornar a sonoridade o mais fiel possível às ideias que passam em suas mentes.

Publius Lentulus – Publius é um “cantautor”. Lançou em 2018 seu mais recente álbum “dia de sol”, em todas as plataformas digitais, com as colaborações de Marcelo Jeneci, Lula Queiroga, Hugo Linns e de Juliano Holanda, dentre outros artistas.

Grupo Instrumental Brasil – O GIB é formado por dois trompetes, uma trompa, um trombone, um trombone baixo, uma tuba e percussão, adaptando-se a formações camerísticas. O grupo é constituído por professores educadores dos departamentos de música da UFPE e UFPB, do Conservatório Pernambucano de Música, por músicos membros da Orquestra Sinfônica do Recife e profissionais atuantes no cenário nacional e da região. Foi fundado em 2014 e difunde a música de concerto, promovendo a contextualização histórico-musical, a capacitação e a formação de plateia. Integrantes: Antonio Barreto, Augusto França, Iris Vieira, Mizael Fonseca e Rinaldo Fonseca.

Chorinho na Roça – Formado em 2019 a partir dos encontros semanais de músicos para tocar choro na Roda Infinito no Restaurante A Fazendinha, nas Graças, o Chorinho da Roça busca imprimir em suas apresentações uma autenticidade sonora através dos seus arranjos e de um timbre requintado, mixando instrumentos tipicamente eruditos, como o oboé, com outros mais tradicionais do gênero, violão e o pandeiro.


Foto de Surama Ramos e Henrique Albino – Laura Olivia/Divulgação
Foto de Publius Lentulus – Laura Olivia/Divulgação

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GABINETE DE IMPRENSA

Sobre o autor

A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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