Por: Eliabe Serafim
Deixa ver se eu entendi bem: no passado não muito distante vivenciei uma recessão econômica onde a vez foi dos grandes nomes de supermercado ganharam muito dinheiro e os pequenos mercadinhos se viram nas regras de negócios dos mesmos para se manter com preço bom e qualidade irretocável, uma vez que o primeiro detinha poder financeiro sobre o segundo barganhando com os fornecedores para fazer estoque enquanto que o segundo precisaria apenas comprar e repassar para o consumidor. Qual a diferença agora? A orientação de alguns especialistas, governos e mídia é insistir para comprarmos nos mercadinhos aquela quitanda simples que está perto da sua casa e que estão inseridas como serviços essenciais.
Como analisar isto? Informo que não sou economista e nem precisaria para compreender tal analogia. Basta um olhar fora da caixa e veremos: se é para comprar dos pequenos comerciantes, onde os mesmos estão comprando? Ah, não venham dizer que eles estocaram antes ou tem em quantidade para atender a demanda do público em geral.
É fato que estes pequenos comerciantes estão comprando nos grandes supermercados/atacadistas e sem a chance do desconto para atender o “fator necessidade alimentar”. Esse indicador de preços será e o mais alto e sem dúvidas o pequeno comerciante repassará o custo para os consumidores na compra dos gêneros de primeiras necessidades
É só uma breve pesquisa, como eu fiz em três grandes supermercados/atacadistas onde vi carros lotados de mercadorias de pequenos comerciantes. Aí pergunto o Governo e Município tem agentes de Defesa do Consumidor para fiscalizar os abusos de preços e encontrar disparidades de produtos x preços? Até quando a indústria e fabricantes terão os produtos para fornecer a esses grandes supermercados/atacadistas? Teremos sim um grande efeito cascata e da grande que recairá sempre para o mais fraco.
As comunidades que conhecemos como informais, pequenos empreendedores, comerciantes proibidos de atuarem, serão mais impactados porque o seu produto/serviço perderão validades ou atenderá apenas para a sua família ou os mais próximos.
O que está já acontecendo é que tem preços bem majorados e o povo dividido nas opiniões onde o menor esforço de uns contraria maior esforço de outro.
Quem que tem reserva técnica financeira poderá comprar e quem nunca teve terá que gastar seu último centavo para sobreviver, pois com o tempo nem vai mais perceber a diferença entre o preço real e o irreal, vez que o Governo, Imprensa e “especialistas” dirão “fica em casa” e só compre o necessário dos pequenos” até que ponto essa tese é válida? Óbvio, senhores que logo mais esses pequenos comerciantes ditos “essenciais” se tornarão grandes supermercados tal como os supermercados e atacadistas se tornaram ao longo do tempo.
Serão grandes não pelo esforço solidário mas pela ganância pessoal, atitudes inescrupulosas disfarçadas de bondade, ou seja é a vez do maior sobre o menor com o objetivo de tirar proveito de um momento difícil como este. Com a palavra os grandes economistas e/ou da palavra abalizada. Até o próximo pensamento!
PERFIL: Eliabe Serafim -53 anos
Profissional humanista. Perfil Nexialista. Professor Universitário. Coautor de três livros. Colunista de emissoras local. Doutorando em Direito do Trabalho, Mestrado em Direito do Trabalho e Relações Internacionais. Bacharel em Direito. MBA em Gestão de Pessoas. Formado em RH. Consultor empresarial em carreira, liderança e trabalhabilidade. Coach. Presidente da Abraginforh. Membro fundador e presidente de comissão da ABCCRIM.