DR JUDIVAN VIEIRA

CORONA VÍRUS (COVID-19): Quando um vírus subverte a ordem estabelecida e nos obriga a reavaliar nossos sistemas e a revalorizar o que mais importa (Parte 1)

Direto de Brasília-DF.

Prometi voltar com os artigos sobre o processo educativo e de ensino na Renascença, mas vou retardar um pouco mais e seguir escrevendo alguns outros sobre o CORONAVÍRUS/COVID-19, dada a urgência de falar sobre a importância da educação neste momento de pandemia.

Começo por repetir o que disse no artigo de sábado passado. Há diferença entre riscos e incertezas. O risco, neste momento de pandemia, está em todos os lugares do mundo. Está nas mãos que não são lavadas e nas mãos que são mal lavadas, em maçanetas de portas e em corrimão de veículos de transporte público que não são higienizados e, acima de tudo, está nos seres humanos.

Façamos juntos um exercício de imaginação. Para quem é criacionista(aqueles que creem que Deus a tudo criou), imagine que o Planeta Terra fosse sem forma e vazio. Para quem é evolucionista, imagine que as bactérias não houvessem fertilizado o planeta; dos oceanos os plânctons não tivesse dado origem à vida e de lá não houvessem saído os seres que aprenderam a caminhar e povoar a terra.

Pois bem, sem os seres humanos na Terra, na Lua e em breve em Marte, nenhum risco ou incerteza haveria para a humanidade. Por outro lado, imagine que todos nós pertencêssemos ao grupo de animais que aqui chamo de “os menos humanos”, como: porcos, jumentos, cavalos, macacos, etc. Se assim o fosse, não estaríamos sujeitos aos riscos e incertezas que a atual pandemia causa.

Para complementar a trilogia dos exemplos que desejo dar, imagine, por fim, que todos nós humanos por alguma razão como, vontade divina, um vírus terrestre desses muitos que já apareceram e seguirão com absoluta certeza aparecendo, ou até mesmo pelo aparecimento de um vírus extraterrestre, apagasse nosso RACIOCÍNIO. O que restaria de um ser humano se perdesse a RAZÃO?

Por RAZÃO não estou me referindo à emoção e sensações de sentir frio, fome, dor ou alegria com a chegada das estações que trazem abundância de alimentos, como sentem os animais “menos humanos” das savanas africanas e do resto do mundo.

Ao escrever sobre RAZÃO, refiro-me à EXTRAORDINÁRIA capacidade de RACIOCINAR, de argumentar, de exercitar a inteligência para compreender o que ocorre ao seu redor, de julgar entre o certo e o errado, o honesto e o desonesto, o justo e o injusto. Refiro-me à RAZÃO que nos dá a chance compreender, julgar e RESOLVER os problemas decorrentes de nossa existência em sociedade.

A RAZÃO é o maior atributo ou virtude dos seres humanos. É ela que nos permite compreender e julgar a maior ou menor importância do LIVRE ARBÍTRIO que nos leva a optar por causa e consequência, por meios e fins para nossa realização individual e coletiva.

É a RAZÃO que permite a cada um de nós rascunhar nossos desejos e transformá-los em realidade. Ela nos permite ir além da emoção como os “menos humanos”. Permite racionalizar todo o procedimento de compreensão, julgamento de um fenômeno, identificação do problema e propositura da solução.

Cada um de nós deveria agradecer todos os dias pelo fato de sermos RACIONAIS. Você já parou para refletir em quão grande é este presente que Deus, a natureza, ou nosso DNA nos deu? Para compreender o valor deste presente basta pensar nos loucos de todo gênero. Estes têm olhos, mas não veem, têm ouvidos mas não ouvem, têm pernas, mas não sabem o caminho que seguem. Por que não vêm, não ouvem e não sabem para onde vão? Porque não cão capazes de RACIONALIZAR a vida! Porque lhes falta a RAZÃO e sem ela é como se o Planeta Terra, o mundo, o cosmo e toda e qualquer galáxia, simplesmente inexista.

Por esses motivos reflito e me pergunto sempre o porquê de pessoas, de seres humanos detentores de tão grande presente(A RAZÃO) e não usá-la ou usá-la para o mal, de receberem bons conselhos e não os tomar, de receberem educação dada gratuitamente pelo universo, pelas famílias, pela natureza, por nossos sentidos e, simplesmente, os ignorar.

Certa vez li uma ilustração sobre um mendigo que vivia esmolando sentado sobre uma pedra à beira de um caminho. Logo após sua morte uma mineradora escavou naquele exato local e descobriu um veio de ouro. Esta historinha é parecida com a situação de quem não é louco, ou seja, de quem tem a RAZÃO e pode RACIOCINAR, mas vive a vida como se fosse um “menos humano”.

Racionalize este momento de pandemia que estamos vivendo. Compreenda o momento, julgue as informações e conselhos dos especialistas que são convocados pelas autoridades e contribua com as soluções. Não seja iguais aos TOLOS que em momentos assim seguem defendendo partidos políticos, ideologias de esquerda, de direita ou de centro, porque a sepultura ou a fogueira que recebe mortos mortos, não valoriza essas discussões estúpidas que inventamos para nos dividir.

 

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Sobre o autor

Formado em Direito, Pós-graduado em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG) e pela Universidade de Brasília (UnB). Concluiu Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Del Museu Social Argentino, Buenos Aires-AR, em 2012 e Pós-Doutorado em Tradição Civilística e Direito Comparado pela Universidade de Roma Tor Vergata. Professor de Hermenêutica Jurídica e Direito Penal nas Faculdades Integradas do Planalto Central e de Direito Penal, Processo Penal e Administrativo em cursos preparatórios para concursos, por 19 anos, em Brasília, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre. É Palestrante. Já proferiu palestras na Universidade de Vigo-Espanha e Universidade do Minho, Braga-Portugal, sobre seu livro e, Ciências Sociais "A mulher e sua luta épica contra o machismo". Proferiu palestra na University of Columbia em NYC-US, sobre sua Enciclopédia Corruption in the World, traduzida ao inglês e lançada pela editora AUTHORHOUSE em novembro/2018 nos EUA. É Escritor com mais de 15 livros jurídicos, sociais e literários. Está publicado em 4 idiomas: português, espanhol, inglês e francês. Premiado pelo The International Latino Book Awars-ILBA em 2013 pelo romance de ficção e espionagem “O gestor, o político e o ladrão” e em 2018 mais dois livros: A novela satírica, Sivirino com “I” e o Deus da Pedra do Navio e o livro de autodesenvolvimento “Obstinação – O lema dos que vencem”, com premiação em Los Angeles/EUA. Seu livro de poemas “Rasgos no véu da solidão”, em tradução bilíngue português/francês foi lançado em junho/2018 na França. Eleito em 17/11/2018 para o triênio 2019/2021, Diretor Jurídico do SINDESCRITORES (Sindicato dos Escritores do Distrito Federal), o primeiro e mais antigo Sindicato de Escritores do Brasil.

Judivan J. Vieira
Procurador Federal/Fiscal Federal/Federal Attorney
Escritor/Writer - Awarded/Premiado by ILBA
Palestrante/Speaker/Conferenciante

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