Direto de Brasília-DF.
Olha já fui aconselhado, inclusive recentemente, a abandonar este e outros temas sobre os quais venho escrevendo nesta coluna.
Vários são os argumento de quem aconselhou. Alguns deles: que as pessoas não querem mais saber de coisas profundas; que não se interessam mais por temas que os leve a pensar; que o imediatismo de nossa século tecnológico requer o mínimo de informação com o máximo de superficialidade; que o mundo hoje é visual e por isto que vídeos e não textos é que despertam o interesse…
O fato de eu estar aqui, por meio do que escrevo, implica que não dei nem darei ouvido ao reducionismo. Não ouvirei tais pessoas e isto o faço porque acredito no poder da educação e do ensino, da forma mais ampla possível.
Se os primeiros parágrafos deste episódio parecem um desabafo, eles o são, mesmo. Não me incomoda demonstrar que em determinados momentos estremeço um pouco com o negativismo e a pequenez de pensamento. Há fraquezas em todos nós, como já provou o evolucionismo e como exige o criacionismo que inadmite haver concorrente para o “Ser Perfeito”.
A mim o que realmente importa é crer que a obstinação é o lema dos que vencem e, deste tema eu entendo. De ser obstinado eu, realmente entendo! Sabe por que? Porque eu e meus irmãos como paraibanos nordestinos, retirantes miseravelmente pobres, filhos de um pedreiro e de uma mãe lavadeira de roupas, fomos “desenganados socialmente” algumas vezes por inúmeras pessoas de perto e de longe. Mas, vencemos! E não estou falando de sermos ricos porque nenhum passou de ser classe média. Falo de haver furado, como uma broca, o céu de aço que nos impedia de ter o mínimo de dignidade social.
Dentre outras coisas, o que isto quer dizer? Significa que há Poder na vontade que se determina a agir! Há poder em quem realmente crê, planeja e executa o plantio com a convicção que o semear é uma missão que se cumpre hoje com os olhos postos em um amanhã melhor, ainda que esse melhor seja vivido e sentido por fragmentos.
Assim, vou seguir escrevendo os episódios que planejei para esta série com a firme convicção que se não forem lidos hoje, um dia quando os “alienígenas” deste século quiserem um perfil de nossa sociedade, encontrarão, ao menos, fragmentos de quem somos e do quão melhor alguns pretendiam e criam que podemos ser.
Até breve.