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Maestro Spok lança ‘Sementes’, seu primeiro livro de poesia

Taí, meu véi Nilo, ninguém traz mais pastel pra mim”. É com saudade e singeleza que Inaldo Cavalcante de Albuquerque, mais conhecido como maestro Spok, abre seu primeiro livro de poemas, “Sementes”.

Publicada com apoio da editora Cepe, a obra será lançada durante a 4ª Feira Nacional do Livro do Agreste (Fenagreste), no dia 7 de setembro, em Caruaru. “Sempre fui apaixonado pelos cantadores, repentistas, meu sonho era ser um poeta popular e estar lançando esse livro é uma ousadia, uma coragem… Me faz bem essa sensação, estou super ansioso, como quem acabou de ter um filho”, confessa.

“Sementes”, diz Spok, concentra suas lembranças e saudades, num registro autobiográfico e afetivo. “Comecei a escrever para meu avô e para meu pai. Sinto eles presentes, a toda hora. E também escrevia para meus netos e bisnetos, que provavelmente não vou conhecer”, explica. “Gosto de pensar que daqui a muitos anos um bisneto meu vai pegar nesse livro, vai ler e vai dizer, ‘vovô estava certo’, ou então, ‘não é nada disso aí, não, vovô'”, brinca.

Na confecção do livro, Spok contou com as críticas e toques da filha Ylana, que lhe deu o estímulo necessário para prosseguir numa seara nunca antes visitada, já que o músico admite que nunca demonstrou muito amor pela escrita ou pela leitura.

Já as ilustrações foram do filho, Nilinho, de onze anos, que recriou os textos a partir de seu olhar de criança. A experiência empolgou tanto, que Spok já tem um segundo livro em confecção. “O primeiro tem versos mais livres. Esse já é mais dentro das métricas, do tipo de poesia que sempre sonhei fazer”, adianta.

“Sementes” conta com prefácio do renomado escritor Raimundo Carrero, para quem “a poesia de Spok transita entre o coloquial e o heroico para falar dos grandes momentos da vida, que tem no Pai a mais perfeita significação, até porque este é também um livro que fala da família, de seus afetos, dos seus carinhos, das suas ligações”. “Chorei pra caramba lendo o texto, é um sonho ter mestre Raimundo escrevendo o prefácio de meu livro”, reconhece Spok.

Saxofonista tal qual seu prefaciado, Raimundo Carrero descreve Spok como “um homem-poema que se agiganta na palavra, no som, no ritmo”. E essa musicalidade se reflete nas rimas, na cadência, nos acordes dos poemas, como no verso “as ruas e ladeiras de Recife e Olinda tocam. Eu ouço”.

Fonte: Folha PE

Foto:  Elimar Caranguejo/Divulgação

Sobre o autor

A oposição é necessária para avaliar a gestão, mas é importante distinguir entre oposição legítima e politicagem, que busca causar problemas e confundir a população. É preciso ficar atento para não cair nesse jogo manipulador.

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