Especialista orienta sobre melhor forma de utilizar o dinheiro extra para entrar mais tranquilo no ano que está chegando
O pagamento do 13º salário deverá injetar na economia brasileira cerca de R$ 291 bilhões, segundo levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A primeira parcela do benefício natalino deve ser paga aos trabalhadores até o próximo dia 30. Já a segunda parcela precisa ser quitada até 20 de dezembro. O valor representa, aproximadamente, 2,7% do Produto Interno Bruto e será pago a cerca de 87,7 milhões de pessoas.
O dinheiro extra é muito esperado pelos trabalhadores, principalmente porque o final do ano é um período de festas, confraternizações e celebrações. No entanto, segundo o planejador financeiro e sócio da Matriz Contábil, Paulo Marostica, é também um momento crucial para cuidar das finanças pessoais e garantir que o próximo ano comece com o pé direito.
“Antes de qualquer novo desembolso, é crucial estabelecer um plano. Avalie suas despesas regulares, como moradia, alimentação, transporte e educação, e garanta que elas estejam devidamente cobertas. Também considere os gastos extras de começo de ano, como pagamento de IPVA, IPTU, material escolar, entre outros. Além disso, reserve uma porção do 13º salário para eventuais emergências, criando assim um aporte financeiro de segurança”, orienta.
O pagamento de dívidas deve ser uma das prioridades ao utilizar o 13º salário. “Juros acumulados ao longo do ano podem representar uma carga financeira considerável. Direcione uma parte do seu 13º para quitar ou reduzir o saldo de empréstimos ou cartões de crédito, principalmente se você já estiver no rotativo do cartão. Ou seja, pagando a fatura menor do que ela vem. Aí sim é uma dívida muito cara. Deve estar girando em torno de 18% ao mês, cerca de 440% ao ano. Ao fazer isso, você estará não apenas economizando dinheiro em juros, mas também aliviando o peso financeiro sobre seus ombros”, completa.
O planejador financeiro indica ainda, que, além de lidar com dívidas, pode-se alocar uma porção do 13º salário para investimentos de longo prazo. “Consulte um profissional para orientações sobre opções de investimento que se alinhem com seus objetivos e perfil de risco. Investir não é apenas uma forma de fazer o dinheiro crescer, mas também de proteger seu futuro financeiro. E lembre-se, o cuidado com as finanças não deve ser apenas uma preocupação de final de ano, mas uma prática constante ao longo de toda a vida”, finaliza Paulo Marostica.