A previsão é de chuvas fortes e intensas para os próximos dias e a população prepara-se para dias turbulentes. Desde o inicio do mês o estado do Rio Grande do Sul, RS, vive uma das maiores tragédias decorrentes de eventos climáticos intensos.
São mais de 500 mil familias sem ter para onde ir. A energia elétrica faltou para mais de 540 mil unidades consumidoras e ainda são 100 mil unidades consumidoras sem luz. O estado de calamidade e de desolação é geral e os números e tempo para a reconstrução dos municípios atingidos é alarmante, são bilhões de reaias e estima-se mais de uma década para refazer tudo.
A comoção é nacional e a adesão e o engajamento do povo para ajudar os irmãos gaúchos vem de todas as partes do país. Especialistas e ambientalistas prevêem mais desastres dessa natureza ao redor do mundo e do Brasil. As mudanças do clima estão presentes nesse século e sendo acompanhadas e televisionadas por todos. Seca em algumas regiões, inundações em outras marcam as alterações que vem ocorrendo nas regiões do país.
Recentemente a região Norte passou por um episódio de seca jamais visto. O RS há 2 anos atrá foi assolado por uma intensa seca. Esses picos climáticos e adversos e raros vêm ocorrendo corriqueiramente e são a resposta da natureza a intervenção desenfreada do homem na natureza.
As decsões do poder público referente ao meio ambiente e sua proteção são negligenciadas e colocadas par outro momento como foi o caso do RS. Os projetos de manutenção das máquinas e bombas de escoamento das águas do rio guaíba estavam no papel e ali ficaram.
O estado assentado em um dos maiores aquíferos do país, o aquífero Guarani, ocupa uma área de 1,2 milhões de Km² com profundidade de 1.000 m e estende-se até a Argentina, Uruguai e Paraguai. A intensidade das chuvas no início do mês fizeram os rios transbordarem e muito rapidamente provocou o maior desastre climático do RS.
Para o setor elétrico tragédias como essas têm implicações que refletem em outros estados uma vez que a rede de geração de energia elétrica no país é interligada pelo SIN. Algumas usinas tiveram que abrir suas comportas para deixar o rio passar. O aumento muito acima do nível dos rios forçou o desligamento de algumas unidades de geração sem contar nos prejuízos em terra devido a elevação do leito dos rios. Concessionarias de energia de outros estados ofereceram ajuda e profissionais para retomada da normalidade e do funcionamento da energia elétrica no estado mas ainda assim os trabalhos continuam e a normalidade vai sendo retomada devagar.